Conheça Cigana, a cadelinha que virou atração à parte no Arraiana
Com história digna de filme, ela caiu nas graças dos profissionais que trabalharam no evento e já é protegida da Polícia Militar
Ela tirou a noite de sábado (03) e início da madrugada de domingo (04) para descansar. Esteve em todos os cinco dias do Arraiana 2019 na área vip, em meio a autoridades e personalidades locais. Caiu nas graças de policiais e assessores de comunicação da Prefeitura de Anápolis. E, claro, foi uma atração à parte na festa – que também reuniu Padre Alessandro, Chitãozinho e Xororó, Fernadinho, Fernando e Sorocaba, e Matheus e Kauan.
O nome dela batismo ninguém sabe, mas isso não importa. Afinal, é pouco comum que uma cachorra tenha um batizado. Existem minguados registros sobre isso e, talvez, o mais famoso seja o retratado em O Auto da Compadecida, clássico de Ariano Suassuna. A vida dela, a Cigana, possivelmente não virará um livro ou filme de sucesso nacional, mas com certeza entrará para história do Arraiana.
“Mascote do Arraiana! Quem tirar ele, eu prendo”, descontraiu em publicação no Instagram Fernando Sakuraba, capitão da Polícia Militar (PM). O dócil animal canino chegou ao Estádio Jonas Duarte em 27 de julho de 2018, mesmo dia em que teve início a primeira edição do evento beneficente – aberto pelo cantor Leonardo. À época, Cigana não tinha a saúde que agora tem. “Tadinha, estava magra e toda bichada”, contou à reportagem do Portal 6 um profissional que cuida da zeladoria do espaço e optou por não ser identificado.
“Eu não sei se foi ela que encontrou a gente ou se foi a gente que encontrou ela”, confidenciou o vigia Adriano Nascimento, de 37 anos. Ele contou que desde aquele dia, há mais de um ano atrás, a cadelinha recebeu todo o cuidado e carinho não só das pessoas que trabalham, como ainda das frequentam o Estádio Jonas Duarte. “Sem dúvidas aqui é a casa dela”, emendou.
Hoje, Cigana conhece a arena da cidade melhor que qualquer ser humano. Além de estar entre os nomes que compõem a seleta lista dos que compareceram em todos os dias das duas edições realizadas do Arraiana até agora, ela igualmente viu com os próprios olhos os times locais (Anapolina e Anápolis) entrarem em campo. Ganhando ou perdendo, na chuva ou sol, Cigana estará ali. E por escolha dela.
“As entradas e saídas ela sabe onde fica. De vez em quando ela sai, mas logo volta. Em janeiro, a Cigana deu a luz a três cachorrinhos, dois machos e uma fêmea. Todos os filhotes, sem exceção, foram adotados. A gente gosta muito da companhia da Cigana, mas se um dia alguém se oferecer para pegar ela para cuidar e ela quiser ir é lógico que a gente deixa”, finalizou o vigia.