Prefeitura de Anápolis cogita comprar equipamento para salvar vítimas do coronavírus

Máquina não é bancada pelo SUS e aquisição foi sugerida pela cardiologista Ludhmila Hajjar, que esteve na cidade orientando profissionais da Semusa

Rafaella Soares Rafaella Soares -
Prefeitura de Anápolis cogita comprar equipamento para salvar vítimas do coronavírus

Reconhecida como uma das cardiologistas mais bem preparadas do país, a médica Ludhmila Hajjar figurou em destaque na coletiva de imprensa convocada pela Prefeitura de Anápolis, na tarde desta sexta-feira (20).

A pedido do prefeito Roberto Naves (PP), a especialista esteve na cidade para dar orientações aos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) envolvidos no enfrentamento ao novo coronavírus.

Ludhmila, que nasceu em Anápolis e é filha de um importante empresário da cidade, já chefiou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de alguns dos principais hospitais privados de São Paulo, como o Sírio-Libanês.

“Se é uma doença infecciosa, por que uma cardiologista intensivista está coordenando esse protocolo? Esse doente morre na UTI de problemas intensivos e cardiológicos. Então, o cardiologista e o intensivista é quem está na linha de frente do caso grave”, explicou Ludhmila ao comentar porque foi instada a ajudar mesmo não pertencendo à área da infectologia.

A médica também sugeriu que a Prefeitura de Anápolis adquira um equipamento que, segundo ela, é muito mais eficaz que um respirador mecânico para ser usado em pacientes com altíssimo risco de morte.

“Se chama ECMO ou Membrana de Oxigenação Extracorpórea. Esse equipamento ganhou notoriedade mundial quando houve a epidemia de H1N1, em 2009”, disse.

Essa máquina não é bancada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o município teria de comprá-la com recursos próprios, lembra Ludhmila.

“É um recurso de última instância. Nossa intenção é deixar Anápolis preparada e o prefeito vai se organizar para ter o material, caso necessitar. Anápolis vai sair na frente mais uma vez. Ele [o paciente] vai ter oxigenação extracorpórea. É como se fosse um pulmão artificial para o paciente grave, cujo o respirador não esteja adequadamente funcionando. Pode passar ali duas três semanas até a infecção melhorar. É uma alternativa heróica, que faz parte do protocolo de muitos países desenvolvidos”, destacou.

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