‘Covardes’, diz Roberto sobre médicos concursados que se recusam a trabalhar no combate ao coronavírus
Por conta dessa resistência, Prefeitura de Anápolis se viu obrigada a contratar outros profissionais para o serviço
Foram duras as palavras do prefeito Roberto Naves (PP) ao revelar que médicos concursados do município estão se recusando a trabalhar na força-tarefa de combate ao avanço do novo coronavírus.
O discurso ocorreu nesta sexta-feira (27), durante a inauguração do ‘Centro de Internação do Coronavírus’.
Segundo o mandatário, por conta dessa resistência, a Prefeitura de Anápolis se viu obrigada a fazer um credenciamento para contratar outros profissionais para fazer o mesmo serviço.
“Vou encerrar fazendo um apelo, fazendo um apelo a todos os profissionais de saúde que prestaram seu juramento. Nesta hora a população precisa de nós lá na ponta. Nós temos que ter a coragem de sair dos nossos consultórios. Não podemos passar pelo que passamos dentro da Prefeitura Municipal de Anápolis, onde tivemos que fazer um credenciamento rápido porque profissionais concursados, que fizeram um juramento, que fizeram faculdade durante seis anos, e afirmaram que com o corona eles não trabalham”, contou.
Para Roberto, esses profissionais ainda não compreenderam o momento que o mundo todo está vivendo.
“O que está sendo escrito é uma página muito importante da história da humanidade. Esses dias eu postei um texto em um grupo que está coordenando todo o trabalho da área da saúde [comentando] que nós estamos tendo a oportunidade dada por Deus de escrever essa página da história da humanidade”, comparou.
Essa negligência, segundo o prefeito, poderá fazer com esses médicos sejam lembrados como “covardes”. Já os que encaram o desafio, na visão de Roberto, estão tendo senso de missão.
“Muitos poderão educar seus filhos e mais na frente falar ‘eu estava lá’. Outros serão lembrados como covardes, porque tendo a responsabilidade de decidir, não decidiram por medo de fracassar. O maior fracasso é a indecisão. O maior fracasso é a falta de atitude”, disse.
“Todos nós profissionais da área da saúde, todos nós empresários e todos nós políticos, não estamos aqui por acaso. Estamos aqui porque uma grande parcela da população nos confiou o direito de decidir por eles. Então, que assim façamos”, completou.