Passado da mulher que carbonizou parceiro em Anápolis explica porque ela quis esconder o corpo
Quando as viaturas chegaram, Milza negou tudo, mas bastou que os militares levantassem a cama para ver a mesma cena de horror
Milza Maria Vieira dos Santos completará 60 anos em maio somando mais um crime à uma extensa ficha criminal que ela já tinha: o de ocultação de cádaver.
O auto de prisão em flagrante da quase idosa foi remetido ao Poder Judiciário no início da tarde desta quarta-feira (08) com outras informações chocantes.
Antes de ter carbonizado o corpo de Wanderly Francisco da Costa, de 45 anos, ela já havia cumprido pena por homicídio em Goiânia e tinha um mandato de prisão em aberto por crimes de sequestro e cárcere privado.
No depoimento que deu ao delegado Cleiton Lobo durante a última madrugada, ao qual o Portal 6 teve acesso, Milza contou que conheceu a vítima em agosto do ano passado e desde então os dois mantinham relações casuais.
O último encontro amoroso entre eles teria sido o estopim para que a homicida não quisesse mais recebê-lo em casa. É que Wanderly abusou do grau de intimidade e tentou praticar algo que Milza não curte.
Desde então, por seguidas vezes, o homem pulava o muro da residência para vê-la. Numa dessas insistências, ela ouviu um gemido estranho vindo do quintal e o encontrou morto.
O receio de voltar para a cadeia, devido aos mandados de prisão em aberto contra ela, foi o motivo apresentado pela mulher para não reportar o ocorrido às autoridades policiais.
Assim, Milza preferiu colocar fogo no corpo e dividí-lo em dois sacos de ração para cachorro.
O crime só foi descoberto porque outro namorico, de 36 anos, arrumado em Abadiânia, sentiu o mau cheiro quando deitou na cama e sentiu “algo duro” embaixo do colchão.
Ao subir a espuma, o rapaz viu a cabeça de Wanderly por uma abertura do plástico e ficou assustado.
No momento, Milza estava tomando banho, a pedido do pretendente. Para despistá-la, ele gritou que iria urinar no quintal, mas correu para o posto da Triunfo Concebra, na BR-060. No local, contou a situação para os funcionários e a Polícia Militar foi acionada.
Quando as viaturas chegaram, a mulher negou tudo, mas bastou que os militares levantassem a cama para ver a mesma cena de horror.
Milza saiu de lá algemada. Fez exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e no início da manhã foi levada para o lugar que tanto temia, o Centro de Inserção Social Monsenhor Luiz Ilc, a cadeia pública de Anápolis.