Força-tarefa cumpre mandados em associação religiosa liderada por padre Robson
Segundo O Popular, investigação aponta ao menos R$ 120 milhões movimentados de maneira suspeita
O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta sexta-feira (21) uma operação para apurar irregularidades em associações religiosas.
A ação, conforme o MP, precisou ser realizada após o Poder Judiciário encaminhar um inquérito policial apontando que o padre Robson de Oliveira, presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), depois de ser alvo de extorsão, teria utilizado indevidamente dos recursos vindos das entidades que preside.
Os crimes apurados, até o momento, são os de organização criminosa, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal.
Ao todo, estão participando da operação 20 promotores de Justiça, 52 servidores do MP-GO, 4 delegados, 8 agentes da Polícia Civil e 61 policiais militares para cumprirem 16 mandados de busca e apreensão na sede das associações, empresas e residências em Goiânia e Trindade.
Em tempo
De acordo com o Popular, funcionários da Afipe, com sede na capital goiana, foram proibidos de sair e os que estavam de fora não puderam entrar enquanto as autoridades realizavam as buscas.
A investigação, segundo o jornal, aponta que o padre seria responsável por movimentar ao menos R$ 120 milhões de maneira suspeita.
Para isso, teria criado várias associações com mesmo endereço e finalidade, tendo assim mais autoridade sobre os patrimônios da Afipe, responsável atualmente até pela famosa Romaria do Divino Pai Eterno, que acontece anualmente em Trindade.
A quebra de sigilo bancário e interceptação telefônica dos envolvidos já foi determinada pela juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores.