O mundo está de ponta cabeça, mas, acredite, enquanto há vida há esperança
Vivemos um tempo de muita carência. Carência de líderes, emprego, comida, remédio. Carência de água! No meio de tanta escassez, também temos carência emocional, carência de alegria, carência de auto-estima, carência de expectativas boas, carência de visão de vida. Quantos com carências e necessidades?
Quero enumerar três situações que impactaram meu coração recentemente e tem a ver com esse assunto:
1) – As crianças afegãs no colo dos soldados americanos, sedentas bebendo água! É visível frente ao terror, a sede, a dor, a escassez de paz, de pais e de país!
2) – O adolescente de 17 anos que suicidou usando uma corda aqui em Anápolis, e eu fiz a necropsia. Escassez de emprego? oportunidade? expectativa de futuro?
3) – A adolescente de 15 anos, que “ficou e engravidou” em uma festa que estava alcoolizada, drogada. Dias depois ao ser questionada quem era o pai do seu filho, respondeu: “Não lembro. Era um menino com tênis amarelo”. Escassez de educação sexual? de amor próprio?
“Fui moço e agora sou velho mas nunca vi desamparado o justo nem a sua semente a mendigar o pão”. Com esse testemunho de fé e esperança do salmista Davi, finalizo afirmando que nem sempre somos capazes de cuidar sozinhos de todos os tipos de carência e necessidades que nos assolam. Precisamos uns dos outros! E hoje com especial atenção e dentro desse tema, quero parabenizar os profissionais psicólogos pelo seu dia, por ajudar-nos a encontrar clareza e equilíbrio em tempos de escassez.
José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo PSB. Escreve todas às sextas-feiras. Siga-o no Instagram.
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