Inflação de 1% em agosto não reflete a alta nos preços em Goiás

Dados são do IBGE e apontam que os itens essenciais são os que estão mais pressionados

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Inflação de 1% em agosto não reflete a alta nos preços em Goiás
Gás de cozinha enfrenta disparada nos preços. (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil)

Combustíveis, gás de cozinha e energia elétrica. São esses os itens que mais vêm pressionando o bolso não só do goianiense, mas dos moradores de todo o Estado de Goiás.

Por isso, a alta de 1% da inflação na capital divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) parece não refletir a realidade do dia a dia dos consumidores.

Em geral, quando os aumentos ocorrem de forma pontual em alguns produtos como café, arroz ou bebidas, isso pode afetar para mais ou para menos em algumas famílias, a depender dos hábitos alimentares de cada uma.

Mas o que mais aflige é que o que não para de subir são itens essenciais. Somente neste ano, os combustíveis já acumulam alta de preço de 38%. A energia elétrica 3,69%.

Isso considerando que os dados são de outubro. Recentemente, a Aneel autorizou aumento de mais de 16% na conta de luz residencial para os goianos. Vale lembrar que já está em vigor desde o último dia 22.

O botijão de gás já pode ser encontrado a R$ 130 em algumas cidades do estado. Neste ano, ele aumentou 35%.

As consequências mais esperadas dentro deste contexto são desafiadoras e nada estimulantes: como a queda no consumo e a inadimplência.

Uma família que vê seu salário aumentar somente uma vez ao ano e, longe da casa de dois dígitos, pode ter de começar a fazer escolhas do que será pago e o que pode deixar para depois.

O pior é que, com a insegurança do mercado, a tendência é de que os preços tendem a ser mais pressionados nestes últimos meses do ano. Em Goiás ainda há uma particularidade – o início da entressafra da cana-de-açúcar diminui a produção e aquece os preços nas bombas.

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