Médicas são indiciadas por homicídio culposo após morte de idoso em clínica de Goiânia
Investigação da Polícia Civil descobriu o que exatamente causou o óbito da vítima, que não teve a mesma sorte dos outros pacientes
Três médicas, uma enfermeira-chefe e um técnico em aparelhos de hemodiálises foram indiciados, nesta quarta-feira (1º), pela Polícia Civil de Goiânia, por homicídio culposo. Os nomes dos acusados não foram revelados tampouco da clínica da capital.
O caso é de 2016 e envolve a morte de um senhor de 84 anos após a realização do tratamento numa unidade de saúde especializada em hemodiálise, localizada no Jardim América.
À época, cinco pessoas foram internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 18 sofreram de pirogenia – cujos sintomas são náuseas, calafrios e dores no corpo, por exemplo, causados por bactérias.
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Segundo o delegado responsável pelo caso, Manoel Borges, no dia 05 de julho de 2016, cinco pessoas tiveram esses sintomas ao realizarem procedimento de hemodiálise no estabelecimento.
Um técnico foi chamado, mas o problema não foi plenamente resolvido. “A água para fazer hemodiálise tem de passar por um pré-tratamento e tratamento diários. Prova de que não foi realizado corretamente é que, no dia seguinte, outras 18 pessoas passaram mal”, explica.
Destas, cinco foram para transferidas para a UTI e uma não resistiu. Conforme o delegado, em situações como essa, a norma estabelece que a Vigilância Sanitária seja acionada para realizar os procedimentos cabíveis. “Tanto não foi feito que o órgão sanitário só ficou sabendo por meio de denúncia anônima. Depois disso, interrompeu o trabalho no local por mais de 10 dias até que tudo fosse solucionado”, diz.
Para ele, as apurações apontam negligência das médicas, que são proprietárias da clínica, além da enfermeira e do técnico. Ele explica que, nas próximas horas, o inquérito será encaminhado para a Justiça.







