Prefeitura de Goiânia terá de indenizar servidora que foi humilhada por ter filho doente
Colegas deram apelidos para ela e ação foi tão grave que vítima precisou ser internada em clínica
Ao pedir revisão na carga horária por conta de uma doença na qual o filho é acometido, uma funcionária pública da rede de educação de Goiânia argumenta que começou a ser vítima de assédio moral no ambiente de trabalho. A gravidade psicológica foi tamanha que a funcionária chegou a ser internada em uma clínica.
Com base nas informações, a magistrada Patrícia Machado Carrijo, da 3ª Vara da Fazenda Pública puniu a Prefeitura de Goiânia a pagar R$ 20 mil.
A juíza argumentou que além dos problemas pessoais, causados pela situação de saúde do filho, a servidora passou a sofrer humilhações, traduzidas em “gozações e chacotas” no ambiente de trabalho, como, por exemplo, ser apelidada de “doentinha” e “bichadinha”.
Ressaltou que a conduta das agentes públicas revela, desta forma, o objetivo de prejudicar a servidora, seja em relação ao próprio exercício da função pública para a qual havia prestado o concurso, seja no que diz respeito ao ambiente de trabalho e na sua relação com os demais colegas, criando um ambiente hostil no emprego.
“Tanto é assim que a situação gerou clima de animosidade no setor, o que motivou, inclusive, uma reclamação do episódio à Coordenadoria Regional de Ensino, mas que não teria adotado nenhuma providência acerca dos atos que incomodavam a requerente. A propósito, a sequência de atitudes negativas foram capazes de acarretar uma agressão psicológica à requerente, conforme consta do laudo de avaliação psicológica que concluiu que a autora ”apresentou quadro depressivo e baixo limiar de resistência a frustração e resiliência”, explicou a juíza Patrícia Carrijo.