Mulher consegue na Justiça o direito de afastar pai de filhinha agredida e ameaçada de morte em Goiânia
Ele podia conviver com a menina em datas específicas, mas a própria criança confessou que tinha medo do genitor


Preocupa com a vida da filha, uma moradora de Goiânia recorreu à Justiça e conseguiu fazer com que o pai da menina, que seria comprovadamente violento, não pudesse mais conviver com a criança.
O homem, que já teria agredido a ex esposa e demais filhos, havia obtido o direito de conviver com a filha em datas como finais de semana e dias comemorativos.
Para conseguir essa autorização, ele teria argumentado que pagava pensão corretamente e, desde a separação, os dois genitores não chegaram a nenhum acordo sobre as visitas.
Porém, a defensora pública responsável pelo caso, Izabela Novaes Saraiva, entrou com recurso e destacou que o pai havia omitido algumas informações importantes e, na verdade, oferecia riscos à garotinha.
“O relacionamento entre os genitores sempre foi conturbado, sendo permeado por situações de extrema violência pelo requerente”, afirmou.
A defensora revelou ainda que a própria criança já admitiu ter sido agredida e ter medo do pai, que também não teria aceitado ainda o fim do relacionamento com a mãe dela.
“Ele já chegou a dizer que mataria a filha e, depois, tiraria a própria vida caso a separação acontecesse”, acrescentou.
Para garantir a integridade física da menor, o desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) acatou as provas e acolheu o pedido de suspensão da medida que permitia o pai de conviver com a garotinha.