Três famílias de Anápolis seguem sem saber se mortes de crianças foram provocadas por dengue

Números de pessoas doentes na cidade são altos e índice de óbitos no estado já é o segundo maior do país

As mortes de três crianças por suspeita de dengue em Anápolis continuam sem respostas concretas.

Nesta quarta-feira (23), a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) confirmou ao Portal 6 que os óbitos ainda estão sob investigação do Comitê Estadual de Dengue.

Todos os falecimentos ocorreram neste ano e foram tornados públicos pela pasta logo no início deste mês de março. Na ocasião, as amostras já haviam sido coletadas para confirmar os diagnósticos.

E os números da cidade também são preocupantes. Além das mortes que estão por esclarecer, a Semusa já recebeu a notificação de 2.806 casos na cidade desde janeiro. Destes, 839 foram confirmados.

Em um cenário mais amplo, a situação causa ainda mais apreensão. Isso porque Goiás já é o segundo estado do país com mais mortes registradas por dengue em 2022, um total de 06, ficando atrás apenas da Bahia.

A quantidade de pessoas realmente doentes, porém, coloca os goianos no topo da lista: são mais de 35 mil.

À TV Brasil Central, o coordenador estadual de Dengue, Zika e Chikungunya da Secretaria de Saúde de Goiás, Murilo do Carmo, afirmou que o período chuvoso e a baixa adesão dos moradores no combate ao Aedes aegypti foram cruciais para o péssimo resultado.

Ao Portal 6, o médico infectologista Marcelo Daher já havia revelado, inclusive, preocupação com a crescente de casos de dengue no estado.

“A gente deve observar um aumento ainda maior agora nos meses de março e abril, quando temos o pico da doença, pois o volume de chuva diminui e o calor tende a aumentar”, afirmou.