Casal recebe pena de 46 anos após estuprar adolescente para gerar “novo bebê”
Além de aborto aos 12 anos, investigação apontou ainda que os abusos podem ter começado quando a vítima ainda era criança
A mãe e o padrasto de uma menina de 13 anos foram condenados a 46 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, acusados de terem estuprado a garota, em Pontalina, município no Centro de Goiás.
Segundo as investigações da Polícia Civil (PC), o casal combinou de usar a adolescente para gerarem um novo filho, visto que a mulher, de 36 anos, não teria condições de engravidar do marido, de 43 anos.
Contudo, o delegado Leylton Barros, responsável pela condução do caso, acrescentou ao Portal 6 que há a suspeita de que os abusos ocorriam de forma contínua desde que a vítima tinha 12 anos.
“O intento inicial deles não era ter um filho. Antes disso, ele abusava sexualmente dela, para satisfazer seus desejos, com a conivência da mãe, que incentivava que os abusos ocorressem. Toda a relação doentia começou bem antes”.
O padrasto foi preso em flagrante no dia 03 de setembro de 2021. De acordo com o delegado, a denúncia que eles receberam foi tão “precisa” que, no dia da prisão, o homem iria estuprar novamente a adolescente.
“A menina já havia sofrido um aborto, por causas naturais. Mas o casal estava se preparando para tentar uma nova gravidez, usando a criança para gerar um novo bebê”, explicou Leylton.
Por sua vez, o mandado de prisão preventiva da mãe foi efetuado na última quinta-feira (24) e, por determinação judicial, ela já cumpre a mesma pena determinada para o padrasto, que continua preso.
O delegado explicou também que a adolescente de 13 anos vive atualmente sob a tutela de parentes e que foram disponibilizados meios para que ela recebesse atendimento psicológico.