Pai e mãe largam tudo para ficar perto do filho, internado no HUGOL após ter 80% do corpo queimado

Menino tem apenas dois anos e uma corrente de solidariedade foi formada para ajudar a família, que do dia para noite teve a vida transformada

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Pai e mãe largam tudo para ficar perto do filho, internado no HUGOL após ter 80% do corpo queimado
João Lucas Silva Ferreira, de dois anos, foi internado no Hugol, em Goiânia, após se queimar em acidente doméstico, no município de Rio Verde. (Foto: Reprodução).

Três semanas após ver o filho de apenas dois anos sofrer um grave acidente e ficar com 80% do corpo queimado, a família do bebê João Lucas Silva Ferreira está necessitando de ajuda.

Moradores de Rio Verde, os pais do garoto vieram para Goiânia após ele virar uma panela de água quente sobre si e queimar 80% do corpo, ainda no dia 17 de março.

Desde então, a criança está internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

Ao Portal 6, a mãe de João Lucas, Beatriz Cristina de Souza Silva, disse que para acompanhar o tratamento do filho, ela e o pai do neném, Lucas Ferreira, deixaram tudo para trás e se mudaram para a capital.

“A gente até conseguiu conversar com um senhor, que deixou a gente morar de graça em uma casa dele, sem precisar pagar aluguel. Mas a gente no momento está sem emprego e não estamos conseguindo pagar todo o resto”.

Dentre esses gastos adicionais, o que mais vem gerando dor de cabeça para os pais é a questão do deslocamento até o hospital.

Isso porque o imóvel onde eles estão hospedados fica a 14 km do Hugol e o transporte é feito por aplicativos de carona.

“Cada viagem é cerca de R$ 30. E como a gente faz um revezamento para ficar com o João Lucas, todos os dias são cerca de R$ 120, para uma viagem de ida e volta minha e uma do Lucas”.

“Ontem mesmo, um motorista, que ficou sabendo da nossa história e se compadeceu, fez a viagem de graça”, relembrou Beatriz.

Além disso, os pais de João Lucas também estão tendo que lidar com gastos complementares ao tratamento do bebê, como por exemplo, máscaras para queimadura.

“As duas [unidades da máscara] ficaram R$ 140. E é só o começo. Ainda tem as roupas para as queimaduras, que eu ainda não sei quanto que é”.

“Estou esperando os médicos me darem uma posição e me passar as receitas, porque disseram que tem que ter receita para comprar mais”, complementou.

De acordo com Beatriz, João Lucas precisou receber cinco bolsas de sangue em transfusões, após sofrer com anemia e infecções no sangue e pulmões.

A mãe ainda afirmou que novos exames, que sairiam ainda na tarde desta quinta-feira (07), deveriam dar uma nova atualização no quadro clínico da criança.

Além de todos os transtornos de se mudarem às pressas para a capital goiana, Beatriz afirmou que o retorno à cidade de origem será complicado.

“Teremos dificuldade para voltar para Rio verde, porque estávamos vivendo de aluguel e quando viemos para Goiânia,  o dono pediu a casa de volta”.

Então quando voltarmos, teremos que morar de favor, mas a gente vai continuar batalhando e só vai voltar para lá com meu filho nos braços”, complementou a mãe de João Lucas.

Solidariedade

Desempregados, sem conhecer direito a cidade e sem familiares para dar apoio, Beatriz aponta que a permanência deles em Goiânia está sendo mantida por doações de pessoas que se comoveram com a situação delicada do filho deles.

Dessa forma, ela indicou a chave PIX (64)981636138 (que também é o número de celular de Beatriz) para depósitos financeiros direto na conta bancária dela.

Além disso, ela disponibilizou a linha de telefone (no parágrafo acima) para que pessoas interessadas em oferecer doações físicas – cesta básica, alimentos, etc – possam entrar em contato e combinar detalhes.

“Sou muito grata a todos que estão ajudando, não tenho motivos para me sentir envergonhada. Só não arrumamos emprego porque ainda não conhecemos ninguém na cidade. Mas se tiver uma oportunidade de serviço eu vou abraçar”, complementou.

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