“Golpe dos nudes” também fez vítimas em Goiás; veja como o grupo agia

Quadrilha atuava em todas as partes do país e foi desarticulada em mega operação

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Apreensão feita pela Polícia Civil do DF (Foto: Divulgação/PCDF)

Uma mega operação, que envolveu forças policiais de todo país, desarticulou nesta sexta-feira (29) uma quadrilha que aplicava o “golpe dos nudes”. Pelo menos 15 vítimas foram identificada até o momento.

Pessoas de diferentes regiões foram alvos dos bandidos. Além de Goiás, os estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal.

As investigações começaram depois que uma vítima de Brasília (DF) pagou R$ 15 mil para o grupo. Em nota à imprensa o delegado Erick Sallum afirmou que outra pessoa extorquida pagou uma quantia de R$ 220 mil.

A operação foi deflagrada pela PC do DF em colaboração com a PC do Rio Grande do Sul que cumpriu mandado de busca e apreensão em Campo Bom (RS).

O golpe

Os golpistas agiam se passando por mulheres adultas e buscavam manter relacionamento com as vítimas. Em determinado momento, após conquistar a confiança, trocavam imagens intimas.

Depois, um segundo bandido se passava como responsável e afirmava que a mulher era uma menor de idade. Assim, o grupo dava início à extorsão.

Os investigadores destacaram que imagens utilizadas pelos bandidos, eram as mesmas encaminhadas para diferentes pessoas.

“A vítima acaba caindo na armadilha e passa a manter bate-papos íntimos com a suposta mulher, que passa a enviar nudes. Depois passam a dizer que a vítima estava conversando com uma adolescente, de apenas 13 anos. Os criminosos passam a extorquir a família, pedindo altas quantias”, aponta o delegado Erick Sallum, responsável pela operação.

“Quando as vítimas efetuam o pagamento de altos valores, os criminosos enviam um vídeo no qual quebram um celular com martelo, dizendo que o aparelho seria da suposta mulher e a vítima poderia ficar tranquila, pois a mensagem fora destruída”, completa.

Os bandidos envolvidos e identificados no golpe irão responder por extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Em caso de condenação, os crimes somados chegam a 26 anos de prisão em regime fechado.

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