Médico que queria ‘enriquecer’ preenchendo apólices de seguro de vida é indiciado pela Polícia Civil

De acordo com a Dercap, o homem exigia valores de famílias enlutadas, prática proibida pelo Conselho Federal de Medicina

Rafael Tomazeti Rafael Tomazeti -
Hospital Araújo Jorge está entre os locais afetados pela interrupção (Foto: Reprodução/Facebook)

Um médico que trabalha no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia, foi indiciado nesta terça-feira (03) pelo crime de corrupção passiva.

Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), ele cobrava de R$ 200 a R$ 400 para preencher formulários de apólices de seguro de vida de pacientes mortos.

O suspeito atua como médico assistente do Grupo de Apoio ao Paciente Paliativo da unidade de saúde. A entidade, embora privada, é filantrópica e credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de pessoas com câncer no estado.

A investigação apontou que o médico teria cobrado valores indevidos de familiares de pacientes que morreram no hospital para preencher formulários de apólices de seguro de vida.

Até o momento, conforme a Dercap, apenas o filho de um paciente denunciou o crime. Ele pagou o que foi cobrado pelo profissional de saúde, mas gravou o momento da entrega dos valores e levou a prova ao conhecimento dos investigadores.

Uma resolução do Conselho Federal de Medicina proíbe esse tipo de cobrança e o preenchimento desses formulários por parte de profissionais da categoria.

A investigação está a cargo do delegado Cleybio Januário. A Polícia Civil reforça que eventuais outras vítimas podem procurar a delegacia para apresentação da denúncia ou fazê-la pelo número 181, no Disque Combate à Corrupção da Secretaria de Segurança Pública de Goiás.

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