Gari maratonista de Goiânia começou a correr para vencer sedentarismo e hoje é exemplo de superação
Com diversas conquistas no currículo, ele não pretende parar tão cedo e deseja inspirar outras pessoas
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Da casa para o trabalho e de lá para as ruas. Essa é a rotina diária adotada pelo fiscal e orientador da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Jari Luiz, de 57 anos.
Atuante na companhia desde 2007, ele é um dos profissionais encarregado pela limpeza e organização da cidade de Goiânia. Mas engana-se quem pensa que esta é a única habilidade do profissional.
Desde 1999, uma nova atividade se tornou uma verdadeira paixão na vida de Jari: as maratonas. Ao todo, são mais de 150 prêmios conquistados e 300 participações em corridas.
Ao Portal 6, ele contou que a entrada na prática veio por meio da vontade de emagrecer e sair do sedentarismo.
“Eu fazia karatê antes, mas resolvi largar e dei uma parada por um tempo. Acabei engordando muito e para emagrecer comecei a praticar as corridas e acabei pegando gosto pela prática”, revela.
No entanto, hoje em dia, a motivação já é outra. De acordo com o profissional, as competições são um método encontrado por ele para conquistar paz.
“As maratonas não trazem só prêmios. Elas também trazem saúde, paz e tranquilidade. A corrida em si traz uma paz interior para minha vida, que é muito boa”, desabafa.
Com vitórias municipais, estaduais e até nacionais, pode parecer uma tarefa difícil conciliar a vida de gari e maratonista, coisa que, segundo ele, faz com tranquilidade.
“Eu me sinto muito bem trabalhando na Comurg e também me sinto muito feliz trabalhando como maratonista. É algo que eu consigo administrar tranquilamente e consigo até levar o nome da empresa nas corridas”, afirma.
Jari conta que já chegou até a representar o órgão em 2006 durante uma corrida em Minas Gerais (MG) e que foi recebido com ‘tratamento de celebridade’.
“Em 2006 eu fui representar a Comurg em uma corrida que iria acontecer lá em Minas Gerais e eu fiquei muito feliz porque recebi bastante apoio, alimentação e até estadia”, relembra.
Mas apesar das diversas vitórias e uma sólida experiência, Jari ainda enfrenta obstáculos para continuar atuante no ramo.
“Eu não tenho patrocinador, treino na rua e tenho que lidar com os gastos das competições. Eu tive patrocinador em 2009, mas é algo que quase nunca tem” revela.
Mesmo com as dificuldades encontradas, o fato não foi o bastante para impedir o sonho do gari. Segundo ele, as participação dele nas corridas continuará por um longo tempo.
“Enquanto eu tiver vida e saúde, eu continuo competindo. Eu estou sempre tentando conquistar mais pessoas para participar da área e tenho o desejo de ver pessoas próximas a mim ingressando na iniciativa”, explica.