Espera para conseguir consulta com especialista no Ipasgo demora mais de um ano
Demora fere direitos do consumidor e deve ser denunciada à ANS, explica advogada
Os atendimentos eletivos no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) podem demorar, de acordo com a especialidade, até mais de um ano para serem agendados. Tais consultas, apesar de não caracterizarem urgência ou emergência, são consideradas pelo Ministério da Saúde parte essencial do acesso à saúde.
É o caso do beneficiário que necessitar da avaliação de um endocrinologista em Goiânia. A especialidade, inclusive, é citada como uma das fundamentais na identificação e tratamento de sintomas pós Covid-19. Até esta quarta-feira (06), porém, só havia vaga para 07 de julho de 2023.
Também chama a atenção o cronograma de agendamento para clínica geral em odontologia. Na última terça-feira (05), o sistema apontava somente um horário para 03 de outubro deste ano. Porém, no dia seguinte, já não havia agenda nem previsão de nova disponibilidade.
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Outras especialidades pesquisadas no sistema de agendamento de consulta do instituto também não têm indicação de data para assistência. É a situação de quem precisa da avaliação de um profissional da reumatologia, angiologia, alergia e pneumologia.
O plano, em sua maioria, atende os servidores públicos municipais e estaduais, como da Prefeitura de Goiânia, Câmara Municipal, municípios e entidades, como a Universidade Federal de Goiás (UFG), além dos órgãos públicos e Organizações Sociais conveniadas.
Direito
A advogada Caroline Santos, especialista em Direito de Saúde, orienta que, em caso de muita demora no atendimento, o paciente deve enviar um e-mail relatando toda a situação para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“A agência vai notificar e verificar o porquê deste problema. O relato é uma ótima ferramenta para pressionar o serviço, pois o plano é cobrado e fica em alerta pela possibilidade de perder a credencial”, explica.
A especialista expõe, ainda, que o paciente pode se consultar fora do plano e pedir a restituição ao órgão. “Em um segundo momento, ele também pode entrar com ação judicial por danos morais e materiais já que, o que não era emergência, pode vir a se tornar uma”, completa.
Veja nota do Ipasgo na íntegra:







