Do passado ao presente, veja obras que nunca saíram do papel em Anápolis

Estruturas que poderiam alavancar crescimento econômico e outras previstas para melhorar urbanismo ficaram na promessa

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Visão aérea do Aeroporto de Cargas de Anápolis. (Foto: Divulgação)Do passado ao presente, veja obras que nunca saíram do papel em Anápolis
Visão aérea do Aeroporto de Cargas de Anápolis. (Foto: Divulgação)

Se engana quem pensa que a antiga Câmara Municipal, na Praça 31 de julho, é a única obra inacabada em Anápolis.

O grande “elefante branco” marcou tanto a história da cidade, que passou a até mesmo ser considerado um “problema histórico”.

Com investimento de R$ 17 milhões, a obra começou ainda em 2014 com previsão de entrega para 2016. No entanto, aquela enorme construção permaneceu parada e utilizada até 2021, quando o prefeito Roberto Naves (PP) decidiu lançar o local como Centro Administrativo.

Porém aí entra outro grande problema, já que a estrutura segue sem obras e se converteu num problema para os moradores da região central.

O espaço é uma das obras abandonadas, mas não a única. Há outras, como o Aeroporto de Cargas, o Centro de Excelência e Tecnologia Ferroviária e outros projetos que sequer saíram do papel.

Anápolis tem também o histórico de obras que ficaram somente na ideia. Entre os principais estão o monumento em homenagem aos fundadores da cidade, de 1943, o Lago das Antas, em 1944, o Autódromo, de 1972, o Centro Cívico, de 1968, um Cristo Redentor no Morro da Capuava, de 1957, o Espaço Cultural, de 1974, e as obras viárias de Integração ao Distrito Federal, de 1969; assim como um Quartel do Exército, de 1967.

Entre as atuais, listamos as mais emblemáticas e causam prejuízos à economia da cidade, uma vez que há gargalos de infraestrutura que poderiam ser solucionados com a inauguração e completo uso delas.

1. Aeroporto de Cargas 

Desde 2010, o município segue com o Aeroporto de Cargas de Anápolis apenas nos sonhos, bem longe de ser finalmente finalizado.

Até o momento, já foram investidos na construção mais de R$ 274 milhões, que parecem ter sido jogados pelo ralo, já que a obra segue inacabada.

Em 2021, o ex-prefeito Antônio Gomide (PT) chegou a cobrar uma solução na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Também em 2021, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) apontou que seria necessário o investimento de mais R$ 235 milhões para o seguimento do aeroporto.

2. Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária 

Com entrega prevista para acontecer ainda em 2021, os anapolinos ainda não fazem ideia do que pode ter acontecido com o tão esperado Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária (CETF).

O local estava sendo estruturado no interior do Centro de Convenções de Anápolis e trazia a promessa para a cidade de servir como uma unidade referência de testes acelerados e de padronização de tecnologia ferroviária.

Assim como o Centro de Convenções que ainda não foi inaugurado, o CEFT segue sem previsão de abertura.

3. Centro de Convenções 

Falando no Centro de Convenções, aí está outra obra emblemática de Anápolis. Nesse caso, o problema é diferente, já que ao contrário das demais, esta está pronta, só não está funcionando.

Inaugurado às pressas em 2018, o local se encontra próximo ao trevo do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), conta com uma área construída de 32,8 mil metros quadrados e é considerada um dos maiores espaços de eventos do Centro-Oeste.

Neste ano, o prefeito Roberto Naves (PP) chegou a trazer novos planos para que o Centro de Convenções possa enfim passar a ser utilizado. No entanto, os anapolinos ainda devem aguardar por mais um tempo.

4. Anel Viário do DAIA 

A duplicação do Anel Viário do DAIA é prometida para a cidade deste a gestão anterior e já passou por altos e baixos.

A construção do trecho, que liga a GO – 330 à BR-060, chegou a ter início, mas foi logo paralisada, trazendo dor de cabeça ao invés da facilidade que era prometida.

Em abril, o Anel Viário passou por uma nova licitação e o estimado é que a soma de toda a estrutura, somada com o Aeroporto de Cargas, alcance uma considerável soma de R$ 47, 83 milhões aos cofres públicos.

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