Morre em Goiânia mulher que passou mal durante a confusão da “picanha mito”

Situação ocorreu após um frigorífico da capital anunciar o desconto de R$ 107 nas peças de carne

Gabriella Licia Gabriella Licia -
Morre em Goiânia mulher que passou mal durante a confusão da “picanha mito”
Tumulto aconteceu no último domingo de eleições (02). (Foto: Reprodução)

O que era para ser um dia feliz para uma goiana acabou se tornando uma tragédia após a mulher passar mal durante o tumulto da “picanha mito”, que ocorreu na porta de um frigorífico, na capital, no último domingo (02).

De acordo com a Polícia Civil (PC), a situação ocorreu após o estabelecimento anunciar um desconto de R$ 107 nas peças de picanha – que custava R$ 129 – contanto que os compradores estivessem utilizando a camiseta do país.

Porém, o local ficou superlotado e uma das clientes acabou passando mal com a confusão. O marido da vítima, que é bombeiro aposentado, contou que ela sofria com problemas circulatórios e que foi espremida na porta do frigorífico.

Depois da ocorrido, o esposo recomendou que a mulher voltasse para o carro, enquanto ele ‘lutaria’ pela carne. O problema foi quando ele concluiu a compra e, ao chegar no veículo, percebeu que ela estava muito mal.

A vítima foi encaminhada ao hospital horas depois e transferida para uma unidade especializada em angiologia, posteriormente. No entanto, ela não resistiu e acabou morrendo.

Repercussão do evento

A divulgação da promoção foi realizada com a face do atual presidente da República, Jair Bolsonaro. Ou seja, para comprar seria necessário utilizar a camiseta e, teoricamente, ser eleitor do mesmo.

O valor da carne passou a ser R$ 22, em alusão ao número de candidatura dele.

No entanto, o juiz Wilton Müller Salomão, do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, atendeu o pedido da coligação do PT no estado e suspendeu a promoção do frigorífico de Goiânia.

De acordo com a Justiça Eleitoral a “venda de carne nobre em preço inferior ao praticado no mercado revela uma conduta possivelmente abusiva do poder econômico em detrimento da legitimidade e isonomia do processo eleitoral”.

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