Com câncer, goiana só pode começar quimioterapia e radioterapia se conseguir autorização para realizar aborto

Mulher descobriu a doença e a gestação simultaneamente, ao passar exames depois de apresentar mau funcionamento do intestino

Pedro Hara Pedro Hara -
(Foto: Ilustração/Anna Shvets/Pexels)

A luta de uma goiana que descobriu simultaneamente uma gestação e um câncer intestinal foi parar na Justiça. O pedido foi feito pela 11ª Promotoria de Justiça de Rio Verde.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) solicitou que seja concedido, em caráter liminar, um salvo-conduto para que ela possa realizar o aborto e comece sessões de quimioterapia e radioterapia.

A paciente descobriu a doença após passar por uma bateria de exames depois de apresentar mau funcionamento no intestino.

Para conseguir iniciar o tratamento, ela precisa interromper a gestação, que atualmente está em 12 semanas. Os procedimentos são considerados invasivos e prejudiciais ao feto, podendo, inclusive, causar sérias anomalias e até mesmo a morte.

De acordo com promotor de Justiça Paulo de Tharso Brondi, os tratamentos são a única chance de vida da mulher. Por isso ela e os médicos resolveram buscar autorização judicial para o aborto.

O pedido é baseado no principio da inexigibilidade de conduta diversa, que exclui a culpabilidade da mulher, já que não se pode exigir da pessoa em determinada situação uma conduta diferente daquela realizada por ela.

O representante do MPGO apelou ainda ao fato da paciente possuir outros três filhos pequenos, que dependem dela tanto afetiva quanto financeiramente.

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