Secretaria de Meio Ambiente chama a polícia para sacrificar a tiros cavalo doente em Anápolis
Segundo a pasta, medicamento utilizado para eutanásia estava em falta
A Polícia Militar (PM) foi acionada no final da manhã desta terça-feira (06), na Vila Santa Maria de Nazareth, na região Central de Anápolis, para atender uma ocorrência de um cavalo que estava bastante debilitado e caído na Rua Joaquim Esperidião.
O Portal 6 apurou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente foi quem realizou o chamado, pedindo que o animal fosse sacrificado com um tiro na cabeça.
Segundo a pasta, o medicamento utilizado para a realização da eutanásia estava em falta.
Os PMs entraram em contato com superiores, que não autorizaram o procedimento. Uma ONG de proteção animal esteve no local e fez o recolhimento do equino, para ser avaliado por um médico veterinário.
Para entender como funciona o processo de eutanásia em cavalos, o Portal 6 entrou em contato com Gabriel Pfrimer, que é doutor em Medicina Veterinária e professor universitário.
“Quando é constatado que o animal tem uma doença irreversível e se encontra em quadro de sofrimento, ou que ele tem uma doença infectocontagiosa e coloca em risco a espécie humana ou outros animais, a eutanásia é recomendada”, explicou Gabriel.
No entanto, apesar da eutanásia com tiro de arma de fogo ser reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o método não é o melhor para os animais.
“O melhor método é a indução anestésica com bloqueador neuromuscular. Caso não seja possível, seja uma situação de extrema gravidade, não tenha recursos imediatos, o conselho autoriza com arma de fogo para os equinos, desde que o profissional saiba manusear uma arma e que seja feita longe de observadores”.
De acordo com Gabriel, a PM é a mais indicada para realizar o procedimento, mas é necessário que ele esteja acompanhado de um médico veterinário e que o tiro seja dado em um local restrito, sem que haja a presença de civis.