Termos racistas são abolidos de sistema da Prefeitura de Goiânia após pedido de Defensoria
A partir de agora, as referências passam a ser as mesmas já utilizadas por questionários do IBGE


Os termos “mulato”, “mulata”, “negro” e “negra” foram abolidos do sistema da Prefeitura de Goiânia por serem considerados racistas. A alteração foi feita a pedido da Defensoria Pública do Estado de Goiás.
A partir de agora, as referências passam a ser “preto” e “preta”. As denominações são as mesmas já utilizadas por questionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo os defensores públicos Marco Túlio Félix Rosa e Salomão Rodrigues da Silva Neto, responsáveis pelo ofício, os termos que constavam no campo de autodeclaração étnico-racial demonstram uma dificuldade comum entre os brasileiros em relação a categorização racial.
As referências anteriormente utilizadas pela prefeitura da capital têm origem escravocrata e reforçam o racismo. Essa é uma das justificativas para o pedido de alteração.

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera).
Ainda de acordo com os profissionais, retirar o uso as denominações de cunho discriminatório auxilia no rompimento da utilização de palavras e comentários que estimulam a injúria racial.
O pedido foi feito em dezembro do ano passado e adotado pela Prefeitura de Goiânia na última terça-feira (10).