Homens podem fazer vasectomia gratuitamente em Goiás; veja o passo a passo de como conseguir

A partir do mês que vem, pacientes não vão mais precisar da autorização do cônjuge e idade mínima para fazer o procedimento vai diminuir

Emilly Viana Emilly Viana -
Homens podem fazer vasectomia gratuitamente em Goiás; veja o passo a passo de como conseguir
Cais Mulher, em Anápolis, que costuma concentrar ações de triagem para vasectomia na cidade. (Foto: Reprodução / Google Street View)

Os homens goianos que querem “fechar a fábrica” podem realizar gratuitamente a cirurgia de vasectomia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pré-requisitos são ter, no mínimo, dois filhos e mais de 25 anos – limite que deve diminuir para 21 anos a partir de março. Até o fim do mês também é preciso obter autorização do cônjuge para abertura do processo.

Interessados devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência e manifestar a vontade de realizar a esterilização masculina. Após ser apresentado a outros métodos contraceptivos, o paciente é encaminhado para um especialista, que indica os exames pré-operatórios e orientações para a cirurgia.

Em alguns municípios de Goiás, unidades específicas costumam realizar ações de triagem para pessoas que queiram fazer o procedimento pelo SUS. É o caso de Anápolis, que costuma concentrar a demanda no Cais Mulher, no Jardim Calixto. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a cidade realiza, em média, 20 vasectomias por mês.

Como se trata de uma esterilização, os pacientes do SUS são submetidos a um questionário detalhado e passam por um tempo de espera de 60 dias para refletirem sobre o assunto. Só depois desse prazo, se o homem continuar com a decisão, o método é agendado. Mas atenção: o sistema público não oferece a cirurgia de reversão, em caso de arrependimento.

O procedimento leva de 15 a 20 minutos e não há necessidade de internação. O homem que teme ficar impotente após a vasectomia pode ficar tranquilo: não há comprometimento da vascularização do testículo, ou seja, não tem impacto na potência sexual, nem na função hormonal, ganho de peso ou libido.

Mudanças na lei

Uma nova lei, sancionada no ano passado, reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para realizar esterilização voluntária em homens e mulheres com capacidade civil plena. O documento também acaba com a exigência de autorização do marido ou da esposa para fazer procedimentos de laqueadura ou vasectomia.

A esterilização dependia do consentimento expresso de ambos os cônjuges, segundo a Lei de Planejamento Familiar de 1996. A nova legislação entra em vigor a partir do mês que vem.

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