Entenda como agir em caso de estar próximo à vítima de acidente com descarga elétrica

Bombeiros orientam população também sobre a forma de prevenir esse tipo de situação

Emilly Viana Emilly Viana -
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Imagem mostra incidência de raio em céu fechado. (Foto: Divulgação/Equatorial)

A chegada do Carnaval em Goiás, em um mês que também é marcado por tempestades de raios, acende o alerta do Corpo de Bombeiros que orienta a população sobre o risco de choque elétrico nesta época do ano. Nos últimos dez dias, três pessoas morreram em graves acidentes com descargas elétricas no estado.

Até a tarde desta quinta-feira (08), os bombeiros foram acionados para doze ocorrências relacionadas ao problema em 2023. Os dados da corporação também apontam que, no ano passado, fevereiro foi o mês com o maior número de registros deste tipo – 23 de um total de 159 em 2022.

Apesar da instituição não ratificar o período como o mais crítico neste tipo de acidente, a tenente Priscila Pires admite que as chamadas “chuvas de verão” e a proximidade das festas carnavalescas são motivos de preocupação para o Corpo de Bombeiros. “Ainda não temos estudo para confirmar a questão do tempo, e em outros meses também tivemos muitos registros, porém, pelo cenário e casos graves recentes, reforçamos essa orientação”, diz.

Diante de um acidente, de acordo com a militar, uma das informações mais cruciais é como agir enquanto testemunha. “Em primeiro lugar, é preciso desligar o condutor de energia. Depois, ele terá que desvencilhar a vítima desse condutor, utilizando materiais como madeira ou borracha. Neste momento, é fundamental que não se toque diretamente na pessoa que recebeu a descarga elétrica, pois você também será atingido”, adverte.

Em seguida, quem presenciou o acidente deve observar os sinais da vítima e acionar o Corpo de Bombeiros. “Precisamos da maior quantidade de detalhes possível. Se a pessoa estiver sufocando ou em parada cardíaca, o próprio atendente irá passar as instruções do que deve ser feito. Portanto, é manter a calma e tomar o cuidado de não deixar que a vítima ou o condutor de energia entre em contato com água”, pontua.

Prevenção

Segundo a tenente da corporação, a ameaça costuma estar relacionada à imprudência – fios desencapados, chuveiros mal aterrados e até eletrodomésticos mal conservados estão entre os maiores descuidos por parte da população. Sendo assim, a maior parte dos acidentes podem ser prevenidos.

“Contratar profissionais habilitados, que utilizam equipamentos de proteção e que são habilitados tecnicamente para as manutenções, é primordial. Além disso, em qualquer situação de reparo relacionado com a rede elétrica, o morador tem que desligar o disjuntor. Mesmo que seja para trocar uma simples lâmpada”, aponta Priscila Pires.

Outros cuidados a serem tomados é não conectar vários aparelhos na mesma tomada, utilizar chinelos ao manusear aparelhos elétricos no banheiro e ter um cuidado especial com as tomadas. “Não podem ser antigas e precisam ter algum tipo de proteção. Também recomendamos evitar o chuveiro elétrico durante as chuvas e não manusear o telefone celular enquanto ele estiver carregando”, acrescenta.

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