Trabalhadores de faculdade de Anápolis pedem demissão e entram na Justiça contra instituição
Funcionários alegam falta de acerto trabalhista, desvio de função, redução na carga horária e problemas envolvendo até mesmo os estudantes
Diante da falta de acerto trabalhista, desvio de função, entre outros problemas elencados, ao menos 10 funcionários pediram demissão da Faculdade Fibra, em Anápolis. Além disso, desde o ano anterior, cerca de três processos já correm no Ministério Público do Trabalho (MPT-GO).
Em condição de anonimato, uma servidora da instituição alegou que, ao todo, quatro pessoas que trabalham na parte técnico administrativa e seis professores pediram a rescisão do contrato. Para mais, outros três funcionários já solicitaram a revisão dos acordos.
Além das denúncias que já tramitam no MP, a funcionária afirma que existem mais sete que foram abertas na Justiça Trabalhista e seguem sob sigilo.
“Na Justiça Trabalhista as ações são individuais, e só em Anápolis são 07. Denúncias no Ministério Público só nesse ano já são 04. Primeiro: não fizeram o acerto trabalhista, segundo: os funcionários são submetidos a práticas que não concordam e assim forçados a pedir demissão”, revelou.
Um grupo de funcionários da instituição de ensino superior alega que todos os problemas tiveram início desde que a faculdade Fibra foi incorporada ao grupo Única Educacional, em fevereiro de 2022.
De lá para cá, as denúncias são também de que os professores e coordenadores passaram a ter redução na carga horária, técnicos-administrativos estão tendo as funções desviadas, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) parou de ser depositado e até mesmo os alunos estão sendo afetados.
“Um grupo de alunos efetuou matrícula em 2023, e dias depois tiveram que se transferir para a UniEvangélica, pois foram informados que as disciplinas não seriam ofertadas, e sem garantia de continuação do curso no semestre seguinte”, denuncia a funcionária em anonimato.
A reportagem entrou em contato com a Faculdade Fibra, no entanto, ela afirmou que aguarda o posicionamento da mantenedora Única Educacional para que possa se pronunciar a respeito das denúncias.