Caiado quer a instalação de detectores de metais nos colégios de Goiás
Em coletiva de imprensa, governador detalhou medidas que o estado pretende tomar para evitar novas ameaças e ataques
O governador Ronaldo Caiado (UB) anunciou nesta terça-feira (11) que vai propor a implantação de detectores de metais nos colégios estaduais como uma medida de segurança para os alunos.
A medida foi adiantada em entrevista coletiva à imprensa, realizada no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede do Governo de Goiás.
Em resposta a questionamento feito pela reportagem do Portal 6, Caiado afirmou que esta seria uma de várias ações para assegurar que os alunos não abandonem os estudos e permaneçam frequentando os colégios.
“Temos que dar aos pais a garantia para que, dentro do ambiente escolar, ele [o aluno] possa ter tranquilidade. Nós estamos adquirindo detector de metais, acionando cada vez mais nossas áreas de Segurança Pública e da Inteligência e também ampliando as prerrogativas dos nossos professores e coordenadores para terem acesso às mochilas dos alunos que estejam com atitudes suspeitas”.
Entretanto, durante a coletiva o governador disse que os pais das crianças têm responsabilidade pelos atos praticados.
“Não é mais possível admitirmos que os pais, que têm o direito de acessar o conteúdo das redes sociais dos filhos, aleguem desconhecimento do que está ocorrendo. Eles vão pagar pela omissão ou conivência com os crimes cometidos”.
Caiado também apontou para as redes sociais como ambientes muito permissivos para que esse cenário de pânico fosse instaurado nas instituições de ensino.
“Eles [os responsáveis pelas plataformas digitais] não podem controlar todos esses conteúdos, que ameaçam vidas? Eles têm que ser duramente responsabilizados. É uma conivência direta com o crime. Não existe liberdade de expressão quando se trata de matar pessoas”.
O governador indicou que ações de segurança e inteligência serão redobradas nas instituições de ensino e que a polícia está autorizada a fazer busca na casa de quem incitar ou praticar esses atos de violência.
“São medidas enérgicas, mas no sentido de salvar vidas. Não podemos ficar esperando uma lei, seja ela federal ou estadual, ser sancionada para podermos agir, enquanto os pais e alunos ficam cada vez mais agitados”.
Por fim, Caiado destacou que devem ser contratados mais profissionais de saúde mental para “orientar as crianças e garantir que o pânico não tome conta e elas possam voltar às aulas”.