Médica Veterinária faz orientações para que goianos evitem contaminações por febre maculosa
Doença está em alta após três pacientes morrerem em São Paulo em decorrência de infecção
Após a morte de três pacientes por febre maculosa em São Paulo, a população goiana ligou um alerta para a incidência da doença no estado.
Ao Portal 6, a médica veterinária Jéssica Rocha afirmou que a infecção é mais comum em zonais rurais, especialmente em áreas com grande quantidade de bovinos, equinos e capivaras.
Isso porque o principal vetor é o carrapato-estrela (Amblyomma sculptum), através da picada.
Ela também explicou que “quando o carrapato é esmagado e a pessoa tem alguma lesão na mão, pode causar contaminação dessa lesão”.
Em Goiás, foram notificados 16 casos confirmados desde 2007, sem registro de mortes, conforme o Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde (MS). A última infecção foi registrada em 2020.
Sintomas e tratamentos
Jéssica detalhou que a febre maculosa pode ser aguda onde o óbito pode ocorrer em cinco dias. Dentre os sintomas mais comuns, estão: febre alta, dor no corpo, náuseas, vômitos e dor abdominal.
“Somente exames e uma anamnese [entrevista com o paciente] bem feita para diferenciar as patologias parecidas, como zika, dengue, entre outras”, explicou.
Conforme o Ministério da Saúde (MS), a doença pode ser tratada com um antibiótico específico, sendo necessário internação em casos específicos.
O paciente deverá tomar a medicação por um período de sete dias, devendo ser mantida por três dias, após o término da febre.
Vale destacar que, a partir da suspeita clínica de febre maculosa, o tratamento com antibióticos deve ser iniciado imediatamente, mesmo antes do resultado laboratorial.
Como prevenção, Jéssica Rocha orientou para que as pessoas evitem áreas com infestação de carrapatos e usar roupas sem exposição de pele e repelentes para evitar a contaminação em regiões arborizadas.
“Em caso de picadas e sintomas, procurar urgentemente o pronto socorro, pois casos não tratados evoluem para óbitos se não tratados rapidamente”, concluiu.