Corpo de Bombeiros alerta para aumento do escorpião mais venenoso da América do Sul em Goiás
Na noite desta segunda-feira (19), uma mulher foi picada em Goiânia e só conseguiu soro antiescorpiônico na manhã de terça (20)
Somente nesta semana, Goiás já registrou duas picadas por escorpião. No primeiro caso, em Catalão, a vítima correu risco de morte, sendo uma criança de apenas 08 anos. No segundo, em Goiânia, a mulher só conseguiu acesso ao soro antiescorpiônico no dia seguinte.
No último sábado (17), por volta das 16h, no Bairro Santa Helena 2, em Catalão, Julia Pedrosa Reinaldo Rosa foi atacada por um escorpião, foi encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), atendida e recebeu alta.
Já Márcia Fernanda Santos, de 41 anos, foi picada enquanto preparava o jantar, em Goiânia na noite desta segunda-feira (19), quando limpou as mãos em um pano de prato, local onde o animal se escondia.
Após sentir uma dor intensa, ela saiu da residência no bairro Jardim Europa e foi até o Centro de Atenção Integral em Saúde (CAIS) Novo Horizonte. No entanto, como não havia soro para escorpião no local, ela precisou aguardar até a manhã seguinte (20).
A mulher ainda relatou que encontrou outros dois animais no local e a vizinha chegou a achar 20, sendo que se trata do escorpião-amarelo, espécie mais venenosa da América do Sul.
Diante da falta de soro, a Secretaria de Estado Saúde (SES-GO) afirmou ao Portal 6 em nota que “recebe do Ministério da Saúde e distribui o soro contra acidentes com animais venenosos para todas as regiões de saúde, que o repassa aos polos”.
De acordo com o órgão, na regional Sul, por exemplo, há 12 municípios polos, todos abastecidos com soro. “Quando há falta em um dos polos, esse pode se socorrer a outro município polo vizinho”.
Como em ambos os casos as vítimas estavam dentro das residências, o Corpo de Bombeiros alerta para o perigo atual. Ao Portal 6, o primeiro-tenente Emerson Martins Ramos afirmou que estão enfrentando um aumento de casos de escorpiões indo para as residências.
“Durante as chuvas, eles ficam escondidos, e, agora que não temos mais chuvas, eles saem em busca de alimentos. Por isso estão entrando nas casas”, explicou.
De acordo com o mesmo, o acúmulo de lixo resulta no aumento da população de animais peçonhentos, que se escondem em lugares úmidos e frios. “Por isso, orientamos que as pessoas retirem os restos de construção, como tijolos e telhas, e limpem os lotes”.