Polícia Civil abre investigação sobre morte de bebê que estava com a babá em Anápolis
DPCA irá apurar se houve omissão ou imprudência no caso
A Polícia Civil (PC) irá investigar o caso da pequena Maria Cecília Freitas Caetano, de 05 meses, que morreu após passar mal na casa da babá, em Anápolis, no dia 23. Os agentes irão constatar se houve omissão ou imprudência por parte dos envolvidos.
Na ocasião, a neném estaria com a mãe da mulher e outras duas crianças, de oito e doze anos, além de um adolescente de 15.
O Portal 6 apurou que Gessiana Freitas, mãe da bebê e auxiliar de serviços gerais, havia saído para trabalhar, por volta das 17h, deixando Maria Cecília e outro filho aos cuidados da babá.
Acontece que a mulher que deveria tomar conta dos pequenos deixou todas as crianças sob o cuidado da própria mãe, de 68 anos. Segundo a Polícia Militar, essa prática já era comum.
De acordo com a corporação, a idosa teria tomado um medicamento para dormir e acabou caindo no sono. Ela teria sido acordada momentos depois por um dos menores, que afirmava que a vítima já estava com a pele escura, desfalecendo.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e levou a criança até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pediátrica Doutor Lineu Gonzaga Jaime, já pela madrugada.
A mãe da neném afirma que foi só então que tomou ciência do estado da filha, quando o marido da babá entrou em contato, dizendo que Maria Cecília teria se engasgado e sido levada até a unidade hospitalar.
“Não foi nem a babá quem me ligou, foi o marido dela. Disse que minha filha tinha passado mal e que ela estava com o SAMU morrendo. Falou no maior descaso”, lamentou a mãe à TV Anhanguera.
Quando ela conseguiu chegar até a unidade, a filha já estava morta.
Em nota, a Fundação Universitária Evangélica (FUNEV), gestora da UPA Perfil Pediátrico, lamentou a morte da neném. Ainda, relataram que Maria Cecília deu entrada na unidade na madrugada de sábado (24), já sem sinais de vida e em parada cardíaca. Foram realizadas manobras de reanimação por quase uma hora, porém sem sucesso.
O óbito foi constatado às 2h da manhã e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
A delegada Kênia Segantini, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), afirmou que, inicialmente, não foram constatados sinais de violência, mas que aguarda exames adicionais que estão sendo feitos em Goiânia.