Preço dos aluguéis em Goiânia não deve parar de subir nos próximos anos

Capital registrou maior variação de preço do metro quadrado no Brasil

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Vista aérea de Goiânia. (Foto: Divulgação/Secom Goiânia). Preço dos aluguéis em Goiânia não deve parar de subir nos próximos anos
Vista aérea de Goiânia. (Foto: Divulgação/Secom Goiânia).

Goiânia segue em uma crescente expressiva nos preços de aluguel, sobretudo em alguns bairros. Com incidência desde abril de 2022, fatores como aumento de taxas de financiamento e migração contribuíram bastante para a construção do cenário atual. E a tendência é de contínua majoração.

Foi o que explicou ao Portal 6 o analista de Costumer Success da URBS Imobiliária, Henrique Santos Souza, que também informou que o aumento dos valores de subsídio para casa própria levou com que goianienses optassem o aluguel.

De acordo com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) subiu quase 1% entre abril e junho de 2022, saindo de 6,08% para 6,82%.

Desde então, os números não pararam de subir. O Índice FipeZap registrou que, em 2021, o valor médio da locação em Goiânia encareceu em 4,01%. Em 2022, saltou para 32,93% e, ao analisar a variação acumulada nos últimos 12 meses, os preços aumentaram em 37,92%.

A nível nacional, a capital goiana se posiciona com a maior variação de preços no primeiro semestre de 2023, com 24,03%.

Além das taxas de financiamento, outro fator que contribuiu para tal crescente, segundo o especialista, foi a quantidade de novos moradores. “Temos uma alta migração de profissionais que vêm para Goiânia”, apontou.

Em um contexto de metro quadrado, a demanda por imóveis se tornou consideravelmente mais alta que a oferta, o que reflete diretamente nos preços. Assim, a expectativa é de que os preços continuem a subir por pelo menos mais quatro anos.

“Goiânia está com muitos imóveis em fase de lançamento, então, mesmo que comprem, as pessoas vão morar em regime de aluguel pelos próximos quatro ou cinco anos, até que fiquem prontos”, concluiu Henrique.

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