Suspeito de crimes sexuais, ginecologista de Goiânia dizia que pacientes tinham de ficar excitadas para fazer exames

De acordo com a Polícia Civil, ele já havia sido denunciado por crimes semelhantes há quase 30 anos

Caio Henrique Caio Henrique -
Suspeito de crimes sexuais, ginecologista de Goiânia dizia que pacientes tinham de ficar excitadas para fazer exames
Médico Ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos (Foto: Divulgação/PCGO)

O caso do ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos, que foi preso em Goiânia após denúncias de crimes sexuais, segue ganhando desdobramentos.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Amanda Menuci, duas mulheres relataram a ocorrência de crimes do tipo envolvendo o médico ainda em 1994 – há 29 anos.

À época, as vítimas eram menores de idade, mas o caso não avançou, já que a denúncia ficou restrita apenas ao conhecimento do Conselho Regional de Medicina (CRM), que inocentou o ginecologista.

A informação foi confirmada pela delegada nesta sexta-feira (21), em coletiva de imprensa realizada na Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deam).

A profissional destacou ainda que ele chegou a dizer para as pacientes que elas “precisavam estar excitadas” para a realização dos exames no consultório.

Fábio foi preso na própria residência, localizada no bairro Jardim América, na manhã de quinta-feira (20).

O caso ganhou repercussão nacional após a divulgação de um vídeo em que o marido de uma das possíveis vítimas invade a sala do médico e o agride com socos. O episódio aconteceu no dia 27 de junho e as investigações foram iniciadas pela Polícia Civil (PC) no dia seguinte.

Desde então, segundo a delegada Amanda, diversas mulheres procuraram a Deam para formalizar denúncia contra possíveis delitos cometidos pelo ginecologista durante consultas e, por isso, a foto dele está sendo divulgada.

“Se você conhece uma nova vítima, ou se foi você mesma foi vítima das ações deste homem, procure a Polícia Civil, ou a Delegacia da Mulher e registre a ocorrência, pois a reprimenda dada ao médico depende da quantidade de vítimas que forem identificadas”, reforçou.

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