Polícia Civil descobre a verdade sobre motoristas de aplicativo que ficavam no Aeroporto de Goiânia
Portal 6 conversou com delegado responsável pelo caso, que detalhou como o esquema funcionava
A Polícia Civil (PC) divulgou, nesta quinta-feira (03), uma operação que descobriu e prendeu diversos motoristas de aplicativo que utilizavam contas fraudadas. A mobilização ocorreu nos arredores do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia.
O Portal 6 apurou, junto ao delegado responsável pelo caso, Humberto Teófilo, que os suspeitos se passavam por motoristas credenciados da Uber e que eram, inclusive, banidos do aplicativo.
O esquema funcionava com o uso de informações pessoais de terceiros, para realizar cadastros falsos e possibilitar que eles continuassem trabalhando.
Alguns deles assumiram terem pago o montante de R$ 400 reais pelos dados, como forma de adquirir o registro falso.
“Eles compraram dados de terceiros e fizeram perfis falsos porque foram banidos da Uber, flagramos essas situações e essa pessoas foram trazidas à Central de Flagrantes, onde irão responder pelo crime de exercício ilegal da profissão”, relatou o delegado.
À reportagem, Humberto Teófilo alertou a população, de modo a ficar atenta a essas tentativas de golpe, priorizando sempre as corridas ordenadas por dentro do próprio app.
“Utilizem apenas as corridas chamadas diretamente nos aplicativos, não se exponham à motoristas que aparecem oferecendo o serviço, especialmente em saídas de festas e aeroportos, muitos deles foram banidos das plataformas ou até já tem passagens pela polícia”, finalizou.
O Portal 6 também entrou em contato com a Uber para comentar o caso. Porém, a empresa sustentou não ser capaz de comentar situações específicas sem a identificação dos envolvidos.
Confira a nota na íntegra:
Como não foram fornecidos pelo Portal 6 quaisquer dados que permitissem identificar contas na plataforma, não foi possível verificar se alguma das denúncias mencionadas de fato tem relação com o aplicativo.
De qualquer forma, vale ressaltar que todas as viagens da Uber necessariamente só podem ser realizadas por meio de canais oficiais, como o aplicativo, onde o usuário solicita um carro ao toque de um botão e recebe, via app, informações do motorista parceiro que vai buscá-lo, como nome, foto, além de modelo e placa do veículo. Dessa forma, qualquer viagem feita fora desses padrões não é uma viagem de Uber e, portanto, não dispõe das diversas ferramentas de tecnologia e processos de segurança oferecidas pela plataforma, nem é coberta pelo seguro APP que cobre acidentes pessoais durante viagens na plataforma.
É importante ressaltar que a oferta de viagens fora da plataforma configura uma violação aos Termos e Condições de adesão ao aplicativo. Temos equipes e tecnologias próprias que constantemente analisam viagens suspeitas para identificar violações aos Termos e Condições e, caso comprovadas, banir os envolvidos.