Conheça a “Festa do Galho”, que pode se tornar patrimônio imaterial de Goiás
Comemoração se iniciou para agradecer o fim da seca no interior do estado
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou um Projeto de Lei que reconhece a Festa do Galho como Patrimônio Imaterial de Goiás. Ela ocorre anualmente em Aragoiânia e carrega décadas de tradição.
O evento teve início em 1952 como a reza de um terço após uma seca intensa que atingiu a região. Como a população estava já sem comida pela falta de chuvas, foi colocada uma cruz em uma nascente na esperança de que a fé iria trazer a água de volta.
Originalmente, as pessoas iam até a cruz para realizar a reza ao São Sebastião, padroeiro da peste, fome e da seca, a cada oito dias. Além disso, flores eram posicionadas na base da cruz e regadas com água.
Com o tempo, uma mulher passou a ser presenteada com uma flor amarela e um homem recebia uma flor azul, sendo o casal o selecionado para comandar a próxima reza, tradição que segue até os dias atuais.
Então, quando a seca se amenizou, os fiéis passaram a rezar o terço mensalmente e a capela dedicada ao santo foi erguida. Atualmente, a reza, conhecida como reza do galho, ocorre no segundo domingo de março todos os anos.
Desse modo, a Festa do Galho, também conhecida como a Festa do Doce, surgiu como forma de agradecimento pela volta da chuva, momento em que a população poderia se reunir, dividir doces tradicionais e comemorar.
Ao Portal 6, o secretário de cultura do município, Leandro Franklin, apontou que o evento reúne aproximadamente 2 mil pessoas todos os anos, além de proporcionar 1.300 kg de doces.
Nos últimos dois anos, a Festa do Galho se deu no Recanto Cachoeirinha, que também sediará a comemoração em 2024.