Filhas de paciente denunciam que mãe foi agredida por enfermeira dentro da UPA de Anápolis

Ao Portal 6, jovens explicaram a situação e lamentaram o ocorrido: "como pôde ser capaz de agredir alguém doente?"

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Ana Lúcia Neres, de 44 anos, foi agredida por enfermeira na UPA Vila Esperança, em Anápolis. (Foto: Arquivo Pessoal/ Tatiane Neres)Filhas de paciente denunciam que mãe foi agredida por enfermeira dentro da UPA de Anápolis
Ana Lúcia Neres, de 44 anos, foi agredida por enfermeira na UPA Vila Esperança, em Anápolis. (Foto: Arquivo Pessoal/ Tatiane Neres)

Uma paciente, de 44 anos, teria sido agredida por uma enfermeira, enquanto estava sofrendo com uma crise delirante, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Esperança, em Anápolis.

Ao Portal 6, as filhas da mulher explicaram o ocorrido. Segundo elas, a mãe, Ana Lúcia Neres, sofreu uma série de crises convulsivas, ainda na sexta-feira (13).

Na mesma data, ela foi encaminhada para a unidade de saúde, onde foi imediatamente internada para que pudesse passar por exames e observação médica.

Tudo ocorria dentro da normalidade até a manhã desta segunda-feira (16), por volta das 10h.

Ana Paula Neres, de 28 anos, contou que levou a mãe para tomar banho, momento em que ela acabou molhando o acesso (aquela agulha com um tubo para aplicação de medicações direto na veia).

“Eu pedi para a enfermeira vir arrumar, mas minha mãe estava delirando e ficou com medo de se machucar. Então ela não estava aceitando e se esquivando, dizendo que não queria”.

Assim, a profissional teria se exaltado e dado dois tapas na paciente, sendo um no rosto e outro nas pernas, para que Ana Lúcia ficasse quieta.

Revoltada, Ana Paula teria feito com que a enfermeira se afastasse e ligou para a polícia, que foi até a UPA para colher depoimentos dos envolvidos.

No entanto, a jovem contou que ainda não teve tempo de registrar a ocorrência na delegacia, por estar acompanhando a mãe na unidade de saúde.

Quadro clínico

Da esquerda para a direita: Ana Paula, Tatiane, Ana Lúcia e Walter Vinícius, que também é filho da paciente agredida. (Foto: Arquivo Pessoal/ Tatiane Neres)

Tatiane Neres, de 23 anos, explicou que a mãe chegou a ficar um dia na ala vermelha da UPA, onde ficam pacientes que necessitam de atendimento imediato.

Contudo, no momento da produção desta reportagem, ela já havia sido transferida para a enfermaria, onde se encontrava medicada.

“Eles nos disseram que ela [Ana Lúcia] teve uma infecção, mas não nos explicaram o porquê de tantas convulsões. Já perguntamos e eles não falam. Um descaso”, afirmou a jovem.

Depois do incidente com a agressão da enfermeira, Tatiane também apontou que a família vai tentar transferir a mãe para outra unidade de saúde.

“Eu me sinto revoltada, triste, me perguntando como alguém pôde ser capaz de agredir alguém doente, que está ali buscando respostas para melhorar a saúde dela”, desabafou.

Ana Paula, por sua vez, complementou que estão esperando a infecção melhorar para que ela possa ser levada a um outro médico, que irá avaliar o quadro delirante da mãe.

Portal 6 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), que enviou uma nota com o posicionamento oficial sobre o caso.

No documento, a pasta afirma que a paciente teria agredido a enfermeira, que revidou a agressão. A profissional, por sua vez, foi afastada, ao passo que foi aberta uma sindicância para averiguar o ocorrido.

Confira a nota na íntegra:

A UPA Alair Mafra informa que a paciente em questão deu entrada na unidade bastante agitada, inclusive com atitudes agressivas a pacientes e equipe. Durante o atendimento, agrediu uma profissional que revidou.

A profissional foi afastada e uma sindicância foi aberta para averiguação e direcionamento das medidas administrativas cabíveis.

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