Aluno de 12 anos do Colégio Militar luta contra câncer no cérebro e mãe pede ajuda: “custo é muito alto”

Ao Portal 6, genitora destacou que médicos consideram o caso de Gabriel "um milagre" e que ele luta para viver todos os dias

O pequeno Gabriel Sousa Sena, anapolino de apenas 12 anos, tem se desdobrado, junto dos familiares, para lutar contra um tumor desenvolvido no cérebro há quatro meses. Ele já passou por diversas cirurgias de risco e tem recebido o apoio de toda a comunidade anapolina, principalmente do colégio onde estuda – o Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) César Toledo.

Ao Portal 6, a mãe do garoto, Tatyana de Sousa, revelou como descobriram a condição e algumas das dificuldades e obstáculos que a família tem enfrentado desde então.

“Um dia antes de descobrirmos o câncer, ele vomitou 12 vezes. Na época, corremos para o Ânima, mas só depois descobrimos o que estava acontecendo com ele, de fato. Fizeram os exames e encontraram um glioma no cerebelo”, revelou.

A genitora ainda apontou que ele havia sido desenganado pelos médicos, devido à dificuldade de lidar com um tumor do tipo na cabeça. Durante o procedimento, chegou a ter uma parada cardíaca e hemorragia. Contudo, Gabriel deu sinais de uma força e compromisso com a vida extraordinários.

“No outro dia cedinho ele já estava acordado, era para ficar quatro e ele ficou apenas um dia sob o efeito da anestesia. Ele luta para viver, tem lutado todos os dias, aguentou os 60 dias de quimioterapia e 27 de radioterapia. Depois de muita luta, a última ressonância que fizemos, há 30 dias, mostrou que não havia mais nada, tiraram tudo”, contou.

Segundo a opinião de especialistas – ouvidos pela mãe – um glioma não se retira por completo, mas, nesse caso, os médicos não constataram nenhum resquício ou grande sequela, de modo que Gabriel continua forte e consciente.

No entanto, novas ressonâncias e exames devem continuar sendo realizados nos próximos dias, a fim de confirmar se o cenário positivo se mantém.

Apesar da boa recuperação, o pequeno ainda enfrenta certas dificuldades – como enxergar em duplicidade, pelo inchaço no cérebro, uma paralisia facial e o uso de uma mangueira para drenar o líquido da cabeça, ocasionado pela hidrocefalia.

Outro grande obstáculo são os gastos, visto que todos os dias eles precisavam ir para Goiânia e nem todos os remédios e procedimentos são cobertos pelo SUS.

“O custo é alto, todos os dias levamos ele para Goiânia, no Cebrom. Hoje, os médicos falam que foi um milagre de Deus o Gabriel ter sobrevivido a essa cirurgia, mas a especialista falou que em três meses esse câncer poderia voltar, porque é do pior tipo, ele não tem cura, não tem tratamento, e os únicos estudos existentes ocorrem nos Estados Unidos”, finalizou a mãe.

Dada a gravidade da situação, a família preparou uma vaquinha online, para arrecadar fundos e garantir o custeio de qualquer procedimento que possa surgir. A iniciativa também conta com o apoio da escola do garoto.

Comunidade

“A escola, inclusive, promoveu uma rifa para nos ajudar. O pessoal tem se comovido com a situação e tem ajudado muito, quem dera toda escola agisse assim. Nós, pais, sofremos bastante, é uma situação que ninguém esperava”, complementou a mãe.

Aluno de comportamento exemplar e boletim sem nenhuma nota vermelha, Gabriel já é faixa amarela de judô e jogava bola todos os dias da semana – em busca do grande sonho de ser jogador.

Agora, ele substituiu esses passatempos pela fisioterapia, pois os curativos não permitem a prática de esportes.

“Durante os cuidados, o garoto tem feito as provas de casa e mantido os estudos com assiduidade. Apesar das condições apresentadas, Gabriel enfrenta a situação bravamente e mantém o comportamento do aluno modelo, dedicado e querido pelos colegas e professores”, disse, por fim, o sub-tenente e servidor do CEPMG César Toledo, Sérgio Damião, também em entrevista ao Portal 6.

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— Portal 6 (@portal6noticias) October 25, 2023