Após repercussão, funcionários da Perdomo Doces se mostram confiantes e esperançosos: “vai se recuperar”
Reportagem do Portal 6 esteve em uma das unidades e conversou com trabalhadores do estabelecimento
Baqueados, mas esperançosos e confiantes. Esse é o cenário e sentimento que têm dominado os funcionários de uma das lojas da Perdomo Doces, em Goiânia, desde os desdobramentos de segunda-feira (18), quando duas pessoas faleceram após ingerirem produtos do estabelecimento.
A reportagem do Portal 6 esteve presente na manhã desta terça-feira (19), por volta das 11h, em uma das unidades do estabelecimento e conversou com um funcionário do local.
Os recentes acontecimentos foram descritos por uma das empregadas em apenas três palavras: “um verdadeiro caos”.
De acordo com a profissional, desde ocorrido, o estabelecimento vem sentindo um impacto no movimento. No entanto, bastante esperançosa, ela afirma que acredita que a situação, em breve, será resolvida.
“Não é a primeira vez que ela [Mariana Perdomo] passa por isso. Ela vai se recuperar”, complementa.
Mesmo com a procura afetada, o local ainda segue atendendo uma quantidade regular de pessoas. Durante o pouco mais de 1h que a reportagem esteve no local, cerca de 10 clientes passaram pela unidade e adquiriram um produto.
O clima no local parecia seguir como um dia normal com funcionário, inclusive, conversando sobre coisas do dia a dia e, vez ou outra, sorrindo ao falarem sobre banalidades.
Em tempo
Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86 anos, faleceram após comerem doces da Perdomo Doces, em Goiânia. O caso ocorreu no domingo (17) e foi registrado na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) da capital.
O primeiro a sentir os sintomas teria sido Leonardo. Ele teve dores abdominais, vômito e diarreia e foi levado até o Hospital Santa Bárbara, mas não resistiu e teve o óbito confirmado.
Logo em seguida, na madrugada de segunda-feira (18), o mesmo teria ocorrido com a mãe dele, que chegou a ser internada na mesma unidade hospitalar que o filho, mas também faleceu.
Uma outra familiar, que está gestante, e havia ingerido o item em poucas quantidades, chegou a ir para Itumbiara mas precisou retornar a capital para atendimento médico.
Após a repercussão, a Polícia Técnico-Científica fez uma perícia no local e encaminhou o material coletado para o Laboratório de Análises Químicas e Toxicologia Forense.
Já a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor em Goiás (Procon-GO) publicou um posicionamento afirmando que nenhuma irregularidade foi encontrada nas unidades.
“Os agentes verificaram informações contidas nas embalagens, datas de fabricação e validade, acomodação e refrigeração dos doces e, nesta ocasião, não foi constatada nenhuma irregularidade nos produtos fiscalizados”, diz a nota.
O órgão também afirmou que os dados recolhidos e documentações foram encaminhadas à Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), ligada à Polícia Civil (PC), que faz as apurações do caso.