Mães utilizam WhatsApp para economizar com materiais escolares em Anápolis

Apesar do "truque" ser bem econômico, pais devem estar cientes de algumas consequências

Davi Galvão Davi Galvão -
Mães utilizam WhatsApp para economizar com materiais escolares em Anápolis
Diversos pais adotaram essas estratégia para economizar na hora de comprar o material escolar. (Foto: Fabiane de Paula/SVM)

O início de ano tende a ser um período de muitos gastos para os brasileiros, especialmente para quem tem filhos – já que, além das despesas de praxe, somam-se ainda as taxas de matrículas e materiais escolares.

Ao menos em Anápolis, alguns pais conseguiram se aliar à tecnologia para aliviar um pouco a fatura ao final do mês. Isso porque, através de negociações firmadas via WhatsApp, foram capazes de fechar negócios bastante vantajosos na hora de comprar os livros didáticos, justamente com outras famílias de alunos que tinham o material.

Essa prática de adquirir materiais usados não é algo inédito, mas com certeza a modernidade deixou tudo bem mais fácil, seja na hora de encontrar possíveis compradores/vendedores, quanto para acertar os termos da negociação.

É o caso de Andressa Cavalheiro que, em entrevista ao Portal 6, contou que o filho Davi, prestes a ingressar no 3º ano do ensino médio em um colégio da cidade, necessitava de diversas apostilas para o ano letivo, como é comum para terceiranistas.

“Começo de ano é difícil, tem o gasto de viagens, da matrícula, dos presentes, então qualquer economia é boa”, contou.

Através de conhecidos do filho, Andressa conseguiu fechar um acordo via WhatsApp que, colocando na ponta do lápis, rendeu uma economia de 74% em comparação a comprar o material lacrado.

História bem parecida foi a de Wanessa Freitas, que matriculou a filha Júlia, de 15 anos, no 1º ano do ensino médio. Ela contou que conseguiu adquirir todo o material por R$ 800, sendo que o valor original ficaria em R$ 2.400.

“Uma pessoa estava arrumando meio que um encontro para os pais que queriam comprar ou vender os livros, aí a confirmação veio pelo WhatsApp, a gente se encontrou e conseguiu fechar o acordo”, revelou.

Apesar de realmente vantajosa do ponto de vista econômico, a prática vem acompanhada de alguns lados negativos, conforme afirma a coordenadora pedagógica do Colégio Lúmen, Joana Tosta Nascente.

À reportagem, ela informou que diversas editoras vem tentando se precaver dessa estratégia com o uso do ambiente virtual, ou seja, para acessar complementos das matérias, como aulas online, atividades extras e exercícios.

Todo esse conteúdo ficaria disponível apenas para quem adquirisse os livros didáticos lacrados, ou seja, sem ser de segunda mão. Desse modo, é um fator que os pais devem colocar na balança.

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