Bebê nasce com 4 rins em Goiás e é considerado caso raro no mundo; entenda

Menina nasceu de forma precoce e precisou ser levada de forma imediata até uma incubadora

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Bebê nasce com 4 rins em Goiás e é considerado caso raro no mundo; entenda
Isis Eloah Ferreira Alves. (Foto: Arquivo Pessoal)

Entre cerca de 100 casos registrados em todo o mundo, a pequena Isis Eloah Ferreira Alves, de apenas 1 ano e 1 mês, foi uma das diagnosticadas com um quadro extremamente raro ao nascer com quatro rins.

Moradora da cidade de Formosa, no entorno do Distrito Federal (DF), a bebê veio ao mundo de forma prematura em um parto cesariano e precisou passar por diversas internações.

Devido ao nascimento precoce, a menina foi encaminhada diretamente para uma incubadora. No entanto, em um primeiro momento, a equipe médica do Hospital de Sobradinho ainda acreditava que a pequena teria nascido com apenas um rim.

Ao ser transferida para o Hospital da Criança José Alencar, os profissionais de saúde começaram a suspeitar que, na verdade, a bebê teria nascido com mais rins do que o normal. No entanto, foi apenas aos cinco meses, durante uma cirurgia, que os médicos confirmaram que Isis tinha a quantidade de órgãos duplicada.

Na medicina, o caso dela é descrito como “rins supranumerários”, que é quando ocorre uma má formação do rim durante a gestação e que, ainda por razões não descobertas, pode ocorrer o desenvolvimento de mais de um rim de cada lado.

“Ela nasceu prematura, tem alguns atrasos motores e toda semana temos que fazer acompanhamentos e exames de rotinas, mas ela tem uma vida normal. […] É bem difícil, mas satisfatório saber que minha filha é rara e única. Tento ver o lado bom da maternidade, porque não é fácil”, disse a mãe dela, Thalia Silva Alves, de 21 anos, ao G1.

Após a descoberta, um dos rins da pequena teve uma obstrução, momento em que há um acúmulo de urina, o que fez com que o órgão aumentasse de tamanho e virasse uma “massa abdominal”, comprimindo assim o estômago e intestino e dificultando na alimentação.

Por isso, os médicos optaram por retirar o órgão, o que fez com que, desde então, a pequena não tivesse mais complicações renais. Ele foi encaminhado para estudo médico, uma vez que a vascularização é diferente do esperado e pode causar problemas no corpo da pessoa que o recebe.

De acordo com a genitora, a gravidez não foi planejada e o pai da criança nunca demonstrou interesse em participar da criação e, tampouco, da gestação da menina.

“É uma menina muito valente e forte. Tenho vídeos e fotos que mostram o quanto ela já sofreu, mas também sempre persistiu em continuar. Sei que papai do céu tem uma linda história para a minha filha e a nossa família”, destaca a mãe.

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