Conheça as infrações de trânsito que geram multa e poucos sabem
Ao Portal 6, inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) pontuou quais são as transgressões mais comuns
Excesso de velocidade, transitar em local não permitido e ultrapassagem em faixa contínua são infrações que, apesar da ampla ciência, ainda são cometidas com regularidade. No entanto, existem aquelas que são praticadas sem sequer o conhecimento do condutor.
Ao Portal 6, o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Michael Rodovalho, apontou que há uma série de ações que geram infração, desde leve até gravíssima, sem que o motorista saiba.
Entre elas, o uso de celular se destaca, seja por meio do uso ou simples manuseio durante a condução do veículo, considerados gravíssimos e com multa de R$ 293,47.
Isso porque, além de tirar a atenção do motorista, ” o Código de Trânsito Brasileiro determina que é necessário dirigir com as duas mãos no volante, salvo momentos de procedimento dentro do veículo, como engrenar uma marcha”, explicou o inspetor.
Por esta razão, fumar, comer ou beber também geram infração média, com multa de R$ 130,16, assim como manter um braço para fora do veículo. Segundo o inspetor, trata-se de uma ação facilmente – e comumente – registrada por oficiais.
Animais também entram na lista, visto que é proibido transitar com um bichano no colo ou no banco passageiro da frente. Além disso, o animal deve estar com a cabeça dentro do veículo em todo momento. Caso a regra seja quebrada, o motorista deverá pagar uma multa de R$ 195,23.
“O pisca alerta também gera multa, e deve ser usado somente em situações de emergência. Acontece muito de ocorrer uma chuva forte e o condutor ligar o pisca alerta, mas não é recomendado porque o veículo de trás pode entender que o da frente está em situação emergencial”, disse o policial. O código determina que a multa para tal é de R$ 195,23.
Já a falta de combustível, uma cena corriqueira, também gera penalidade, na ordem de R$ 130,16.
Além disso, uma infração comum e pouco conhecida é a de distância mínima entre um carro e um motociclista ou ciclista, que é 1,5m. No entanto, tal ação é raramente registrada por autoridades. “É complicado, porque tem que ter um equipamento que meça a distância em movimento”, pontuou.
Da mesma forma, identificar quando um motorista transita abaixo da velocidade mínima permitida, que é 50% da máxima, também é dificultado pela necessidade de registrar a ocorrência com um medidor. “Mesmo que eu estou vendo que um veículo está abaixo da velocidade mínima, não posso autuar ele. É uma infração que existe, mas é difícil de aplicar”.
Conscientização
O inspetor pontuou que a PRF realiza duas ações principais com o intuito de proporcionar a educação no trânsito, sendo que a primeira ocorre já nas escolas, antes mesmo da maioridade, por meio de palestras.
Além disso, motoristas são abordados nas rodovias e convidados a participarem de apresentações educativas sobre diversos assuntos, entre eles, as infrações. Para garantir engajamento, o policial afirmou que é comum contar com a curiosidade dos condutores, incitada por meio de simuladores de capotamento, por exemplo.