Saiba como funciona a assinatura de energia solar, que gera economia de até 20% na conta de luz em Goiás

Engenheiros apontam que diversos tipos de clientes poderiam se beneficiar da modalidade

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Fatura de energia da Equatorial Goiás. (Foto: Divulgação/Equatorial)
Fatura de energia da Equatorial Goiás. (Foto: Divulgação/Equatorial)

Com luz solar de sobra, Goiás é o sétimo estado brasileiro com maior potência instalada para a energia solar, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Neste cenário, para além da instalação de placas, que segue em uma crescente, uma nova modalidade promete se tornar tendência: assinatura de energia solar.

Assim como ocorre com diversos serviços, atualmente, é possível comprar um pacote da energia renovável. Segundo a EDP –  uma empresa que oferece a opção não só em Goiás como nacionalmente – nessa modalidade, a energia é produzida em uma usina solar e então injetada na rede de distribuição convencional.

Com isso, a empresa recebe créditos para abatimento na conta de luz que, com a assinatura, são transferidos ao consumidor.

Ao Portal 6, o engenheiro eletricista especialista em energia solar, Lucas Pires, apontou que o serviço representa uma economia entre 15 a 20% ao final do mês.

“Pessoas que moram em apartamentos, residências alugadas, pessoas que não têm espaço físico o suficiente ou não querem enfrentar a burocracia e os custos podem se beneficiar”, explicou.

No caso de comércios, a opção pode se mostrar ideal, apontou o engenheiro. “Vamos pegar um cliente que tem uma sorveteria no Setor Marista, em Goiânia, que tem muitos prédios em volta e é alugado. Ao comprar essa energia, ele pode reinvestir a economia no estabelecimento”.

Assim sendo, nos casos em que a assinatura é mais viável, existe procura, mas ainda é baixa em Goiás, seja por desconhecimento da opção ou por falta de confiança. “As pessoas têm pé atrás, acham que é bom demais para ser verdade. Mas a gente vê que daqui a 10, 15 anos, isso vai se popularizar muito”.

No entanto, há desvantagens no negócio, de acordo com o engenheiro eletricista, Guilherme Mendes, à reportagem.

“O cliente compra uma quantidade fixa, sem depender das condições climáticas. Em Goiás, como a incidência solar é forte na maior parte do tempo, a geração própria de energia oferece um abate médio maior”, apontou.

Quanto à instalação de placas, o investimento médio para uma família de 3 a 4 pessoas é aproximadamente R$ 10  R$ 15 mil, conforme Lucas, também proprietário da Eos Engenharia Sustentável, que realiza a instalação em Goiânia.

Embora o valor desembolsado seja alto, o que não é possível para muitos perfis, a geração própria oferece uma economia maior – aproximadamente 95%, destacou.

“Estamos caminhando para um cenário nos próximos anos de disrupção da energia. Lá na frente, vai ser muito comum não depender da concessionária”, finalizou.

Maria Luiza Valeriano

Maria Luiza Valeriano

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. É repórter do Portal 6 desde fevereiro de 2023.

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