Motoristas de aplicativo de Goiânia querem ir a Brasília protestar contra regulamentação da categoria

Primeiro ato foi realizado nesta sexta-feira (08) com manifestação de motoristas passando por várias regiões da capital

Davi Galvão Davi Galvão -
Motoristas de aplicativo de Goiânia querem ir a Brasília protestar contra regulamentação da categoria
Motoristas de aplicativo tomaram as ruas de Goiânia durante manifestação. (Foto: Reprodução)

Na manhã desta sexta-feira (08), diversos motoristas de aplicativo tomaram as ruas de Goiânia, protestando contra o projeto de regulamentação da atividade proposto pelo Governo Federal e que está em tramitação na Câmara dos Deputados.

A proposta, desenvolvida a partir de diversas negociações entre o Estado, empresas e sindicatos, apresentada ao Congresso altera a forma como os profissionais são vistos e tratados pela lei. Vale ressaltar que não estão incluídos entregadores que trabalham por aplicativo.

Na capital, a movimentação se deu início na Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), do setor Sul, passando pela Alego até o Paço e, por fim, fazendo o caminho contrário.

Ao Portal 6 pelo líder comunitário da região sudoeste de Goiânia dos motoristas de aplicativo, Miguel Veloso, participaram cerca de 360 profissionais, sendo que tudo isso teria sido “apenas o começo”.

“O que aconteceu hoje foi só uma reunião com a categoria. Nós vamos no dia 13 em Brasília. A expectativa é de pelo menos 300 profissionais que vão para lá só de Goiânia”, comentou.

“Existem pontos positivos, mas para categoria, os negativos são muito maiores. Essa questão do imposto sobre o valor bruto do profissional, são 27% de imposto onde o profissional pagará pela corrida geral. Tem muita coisa que precisa ser alterada. Essa união foi para a categoria ser ouvida”, pontuou.

Por fim, Miguel reclamou da ausência de voz dos próprios motoristas durante as negociações.

 

 

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O que a alteração propõe

A remuneração mínima para os trabalhadores, pelo projeto, é proporcional ao salário mínimo atual, de R$ 1.412.

O valor foi fixado em R$ 32,10 por hora trabalhada e não engloba o “tempo de espera” entre as corridas. Desse total, R$ 8,03 são referentes aos serviços prestados, com os outros R$ 24,07 sendo referentes a custos operacionais, como celular, combustível, manutenção do veículo, seguro etc.

Pela proposta, os motoristas ainda passam a ser enquadrados como contribuintes individuais para fins previdenciários, com taxas previdenciárias sendo cobradas tanto dos trabalhadores (7,5%) e das empresas (20%).

As operadoras ficarão responsáveis pelo recolhimento de ambas contribuições.

Com relação a jornada de trabalho, está previsto que os profissionais passem 8h por dia exercendo a atividade, com o período máximo permitido sendo de 12h.

Além disso, não há acordo de exclusividade, o que significa que o motorista poderá trabalhar para quantas plataformas desejar e terá autonomia para organizar o tempo e horários de trabalho.

*Colaborou Maria Luiza Valeriano

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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