Especialista explica os perigos por trás da suplementação sem acompanhamento

Estudo da UFG aponta que cada vez mais praticantes de atividade física utilizam os aditivos nas rotinas de treino

Davi Galvão Davi Galvão -
Whey Protein é geralmente utilizado como um suplemento por pessoas que praticam esportes. (Foto: Reprodução)

Um estudo conduzido na Faculdade de Educação Física e Dança (Fefd) da Universidade Federal de Goiás (UFG) trouxe a tona um comportamento bastante perigoso e, infelizmente, comum entre atletas e praticantes de atividade física.

A pesquisa, desenvolvida pelo mestrando Vinnycius Nunes de Oliveira, envolveu a participação de 724 triatletas amadores do sexo masculino, revelando que aproximadamente 90% deles utilizam pelo menos um tipo de suplemento na dieta.

Contudo, os dados ressaltam um fato bastante curioso: cerca de 25% dos entrevistados admitiram não terem recebido aconselhamento de um profissional sobre o uso dessa suplementação.

Em entrevista ao Portal 6, a nutricionista Thayná Fernandes Canêdo, que atua em Anápolis, afirmou que o uso desses aditivos realmente ajuda o atleta a atingir determinados objetivos, como ganho de força, recuperação pós-treino, mais energia e vários outros.

Porém, ela garantiu ser indispensável o acompanhamento de um profissional da área para que este uso não acarrete problemas ao usuário.

“Quando se faz o uso de suplementação sem orientação de um profissional, a pessoa pode estar fazendo o consumo de suplementos desnecessários, por exemplo, e até mesmo um excesso de uso, que poderá gerar uma sobrecarga no seu organismo, podendo comprometer severamente os rins e o fígado”, destacou.

“Normalmente os pacientes já chegam no consultório usando vários suplementos, inclusive alguns que nem são interessantes para o objetivo que ele queria”, exemplificou.

Ainda, não adianta simplesmente copiar a dieta e produtos de um amigo que treina ou de influencers da área, esperando obter os mesmos resultados.

“A suplementação é algo individual, ajustada junto à alimentação e o nível de atividade física da pessoa. Após verificar a rotina da pessoa, hábitos alimentares, se pratica ou não atividade física, entende-se a necessidade ou não de uso de suplementos e quais seriam mais interessantes”, finalizou.

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