Especialista goiano explica como não cair em golpe na declaração de Imposto de Renda
Receita Federal emitiu alerta para ação criminosa de estelionatários em todo o Brasil
Menos de duas semanas após o início da declaração do Imposto de Renda, especialistas já apontam para um perigo iminente. Golpes de diferentes tipos e meios estão causando prejuízos e, embora sejam crescentes, o especialista em segurança cibernética, Luciéliton Mundim, apontou como evitar ser vítima.
A própria Receita Federal emitiu um alerta, apenas quatro dias após a abertura do prazo, que teve início em 15 de março, para os emails e mensagens divulgados por criminosos em que se pede a instalação de um aplicativo. Tal software supostamente enviaria os dados necessários para a declaração.
No entanto, uma vez instalado, o aplicativo ganha acesso ao aparelho sem conhecimento da vítima, que tem os dados, inclusive bancários, vazados para hackers, chamado de acesso backdoor. É o que aponta Luciéliton, ao Portal 6.
“Todo ano isso vem se repetindo. Eles mandam email, mensagem no WhatsApp, SMS, e o intuito disso é induzir o usuário a clicar em algum link malicioso. Nesse link, tentam capturar informações e solicitam que seja instalado um aplicativo no celular ou um programa no computador”, explicou.
Com o acesso backdoor, o hacker pode conferir não só o que está presente na memória do aparelho, como também ao que está na tela, o que está sendo digitado, entre outras funções. Uma vez coletadas as informações pessoais, os criminosos podem acessar os bancos digitais e retirar empréstimo, por exemplo. “Um indício disso é a chamada mão vazia, quando programas parecem abrir sozinhos”, disse Luciéliton.
“Hoje, estão focando mais em dispositivos móveis porque é onde fazemos mais movimentos em aplicativos de bancos, por exemplo. Por isso, é preciso ter ainda mais atenção com o celular”, destacou.
Diante disso, há uma série de medidas simples que podem ser implementadas para evitar tais golpes, como dar preferência pelo site oficial gov.br. “Os sites falsos e aplicativos não são .gov ou .br. Geralmente, são .com ou .net”, disse.
De acordo com o especialista, outra dica de ouro é não clicar em nada que se passe por órgão federal, pedindo para baixar chave de acesso para saque imediato da restituição de renda, uma vez que a Receita Federal não envia tais contatos. Cabe ao próprio contribuinte garantir o direito. Em casos de outros assuntos, Luciéliton reforça que a Receita Federal não envia links.