Amanda Partata tinha consciência dos atos ao matar ex-sogro e a mãe dele, aponta laudo

Documento ainda aponta que acusada tomava cuidado para que intenção em cometer ação não fosse descoberta

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Amanda Partata tinha consciência dos atos ao matar ex-sogro e a mãe dele, aponta laudo
Polícia Civil (PC) aponta que mulher tinha como intenção matar qualquer pessoa da família que consumisse o alimento envenenado (Foto: Captura/Instagram)

Acusada de matar o ex-sogro, Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86 anos, a advogada Amanda Partata tinha consciência do que estava fazendo no momento do crime. A conclusão foi obtida por meio de um laudo pericial de insanidade mental feito pela junta médica oficial do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), após pedido da defesa. 

De acordo com o exame, Amanda teria agido de forma organizada e planejada para conseguir executar o crime, tomando cuidado para que a intenção dela não fosse descoberta.

Segundo o documento, ela tinha capacidade de discernir o certo do errado e determinar sobre os respectivos atos. O laudo ainda conclui que ela não apresenta nenhuma limitação cognitiva ou retardo mental. 

“[…] A pericianda não apresenta de qualquer limitação cognitiva, retardo mental e nem desenvolvimento mental. Também não há qualquer evidência de doenças mental alienante”, diz um trecho.

A análise foi realizada por psiquiatras forenses. Além da advogada, a mãe dela também foi entrevistada e contou sobre a infância e história de vida da filha. 

O documento será anexado ao processo em que a advogada responde por duplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio na Justiça de Goiânia.

Relembre o caso 

O crime aconteceu na manhã do dia 17 de dezembro de 2023 quando Amanda Partata foi até a residência da família do ex-namorado, levando sucos, pão de queijo, biscoitos e bolos de pote envenenados – sendo os últimos consumidos por Leonardo e Luzia. 

De acordo com as investigações, ela fingia estar grávida do filho de Leonardo para ser bem aceita na família. 

A motivação para o crime teria sido a não aceitação do término do relacionamento de um mês e meio com o filho de Leonardo. 

No dia 08 de dezembro, ela teria adquirido, via online, 100 ml de um veneno. A substância foi entregue na residência dela, em Itumbiara, e levada até Goiânia por meio de um aplicativo de entrega

Segundo a perícia, o produto foi aplicado em dois bolos de pote e a quantidade usada por Amanda seria capaz de matar várias pessoas. 

Ainda a advogada teria pesquisado na internet os termos “qual exame de sangue detecta” o veneno e “tem como descobrir envenenamento”. 

Dias antes da ação ela também teria perguntado ao Leonardo qual seria o maior medo dele: morrer ou perder alguém da família. Ele respondeu que seria perder os familiares. 

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