Após 20 dias preso, Justiça de Goiás manda soltar pastor Davi Passamani

Fundador da igreja Casa era investigado por ter cometido crimes sexuais contra fieis

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Davi Passamani
Davi Passamani. (Foto: Reprodução)

Suspeito de ter cometido importunação sexual contra fiéis, o pastor e fundador da igreja Casa, em Goiânia, Davi Vieira Passamani, de 44 anos, foi solto pela Justiça de Goiás após 20 dias preso. 

A sentença aconteceu na terça-feira (23), que aceitou um pedido de habeas corpus por parte da defesa do religioso. Assim, foi determinado que ele retorne à liberdade mediante restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica. 

Segundo a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP), a partir do momento em que Davi foi liberado, ele faz uso do objeto de monitoramento. 

Em nota, a defesa do religioso afirmou que o Tribunal entendeu não haver motivos legais para manter a prisão preventiva do pastor, o que gerou a revogação da decisão. 

De acordo com o advogado de Davi, Luiz Inácio Medeiros Barbosa, outras medidas cautelares foram estabelecidas e são consideradas suficientes para garantir o bom andamento do processo penal, que segue em sigilo. 

Em tempo 

O pastor foi afastado da presidência da igreja Casa em dezembro de 2023, após fieis denunciarem o homem por crimes sexuais. 

Contudo, em fevereiro de 2024, ele inaugurou um novo espaço para continuar a atividade.

À época, a delegada Amanda Menuci, informou que retorno de Davi para ministrações simbolizava um risco a outras mulheres, uma vez que ele utilizava da habilidade como pastor para supostamente praticar os crimes. 

“A presença dele na sociedade estava colocando em risco a segurança das mulheres, nesse caso segurança sexual. Porque onde ele praticava os crimes era no ambiente religioso”, explicou.

Uma das denúncias aconteceu em dezembro de 2023 contra uma jovem, de 20 anos, que havia se mudado do Rio de Janeiro (RJ) para Goiânia e era uma das frequentadoras da casa. 

Após procurar o pastor para pedir conselhos amorosos, ela foi abordada pelo homem nas redes sociais e, posteriormente, recebeu uma ligação de vídeo em que ele aparecia se masturbando. 

Durante a conversa, ele também teria pedido para que a mulher se tocasse. Além dela, outras duas, também ex-integrantes da Casa, já haviam denunciado o pastor pela prática de importunação sexual.

Um dos casos chegou a ser denunciado pelo Ministério Público (MPGO) no dia 28 de abril de 2020 e se referia a uma ação ocorrida em janeiro de 2019. Contudo, a investigação foi arquivada.

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