Após fazer paciente perder parte do nariz, dentista é preso realizando procedimento clandestino em Aparecida de Goiânia

Suspeito foi pego em flagrante, logo após intervenção estética "à portas fechadas"

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Igor Leonardo Soares Nascimento havia sido indiciado por fazer exercício ilegal de medicina e lesão corporal gravíssima. (Foto: Reprodução/PC)

Foi preso nesta segunda-feira (24), em Aparecida de Goiânia, o dentista Igor Leonardo Soares Nascimento, que havia perdido o registro para exercer a profissão, suspenso por decisão judicial, após uma situação ocorrida em 2023 que resultou em sequelas para uma paciente.

Mesmo sem a permissão, o homem ainda estaria realizando procedimentos ilegalmente, atuando em um consultório com as portas fechadas, de forma clandestina.

Dessa forma, o suspeito foi detido nesta segunda-feira (24), logo após realizar uma intervenção estética em uma cliente, que não tinha conhecimento das irregularidades.

No ato, ele teria aplicado uma substância de uso proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fins estéticos, conhecida como PMMA (polimetilmetacrilato). A vítima acreditava que havia sido utilizado ácido hialurônico, que é permitido.

Segundo a Polícia Civil (PC), o dentista atuava com as portas fechadas alegando “segurança” para a clientela.

A divulgação da imagem do investigado foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria n° 547/2021/DGPC, tendo em vista o interesse público no sentido de identificar outras eventuais vítimas de crimes praticados por ele.

Em tempo

Igor Leonardo Soares Nascimento havia sido indiciado em janeiro de 2023 por exercício ilegal da medicina e lesão corporal gravíssima.

Na época, uma paciente chamada Elielma Carvalho Braga teria perdido parte do nariz após um procedimento estético realizado por ele.

A vítima teria feito uma alectomia, mas após sentir um “formigamento” na região, teria retornado ao consultório, mas Igor teria omitido auxílio à mulher.

Dessa forma, Elielma buscou ajuda com o médico cirurgião plástico Caio Louzada, no Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia (HEAPA), que emitiu um laudo identificando uma infecção no rosto com áreas de necrose.

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