“Ilegal”, afirma sindicato sobre greve dos motoristas do transporte coletivo da Grande Goiânia

Declaração foi emitida após anúncio da paralisação por parte dos trabalhadores marcada para esta semana

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Imagem de uma frota de ônibus da Rede Municipal de Transporte Coletivo em Goiânia. (Foto: RMTC).

Em resposta às declarações do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), sobre uma possível paralisação dos motoristas da Grande Goiânia nesta sexta-feira (28), o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros de Goiânia (SET) emitiu uma nota repudiando a greve, na qual definiram como “ilegal”.

Conforme a instituição, as possíveis suspensões da prestação de serviços podem atrapalhar o dia-a-dia dos usuários, assim como de toda a população da capital.

Além disso, o comunicado também enfatizou que foram oferecidas propostas para melhor atender os trabalhadores do transporte coletivo, inclusive com reajustes acima da média nacional.

Segundo o sindicato, foi apresentado um acréscimo de 6,5% sobre os salários atuais, que, somado ao valor concedido no ano de 2023, chega a quase 20% de aumento.

Ao Portal 6, Fernando Ferreira Neves, diretor e membro-criador do Sindicoletivo, contestou as alegações do SET, contestando a afirmação de uma possível ilegalidade.

Além disso, o profissional também relembrou que as negociações estão sendo realizadas desde dezembro, mas, desde então, têm sido recusadas.

“Para a gente não tem nada de ilegal, não, porque cumprimos todos os requisitos. Então, não tem nada ilegal. Eles têm que se preocupar e fazer uma proposta decente para que não haja greve”, concluiu.

Fernando também confirmou que está prevista para esta quarta-feira (26) uma audiência de mediação, que irá ocorrer pela manhã, no Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT-18).

Leia a nota do SET na íntegra:

“Uma vez mais, a população da Região Metropolitana de Goiânia se vê com um risco iminente de ter o serviço de transporte coletivo paralisado por ação do SINDICOLETIVO, com possibilidade de atrapalhar a vida não só do usuário do transporte coletivo, mas de toda a população da capital.

O SET vem se dedicando em incontáveis etapas da negociação coletiva para atender aos pleitos dos representantes sindicais, atuando com urbanidade, diálogo e absoluto compromisso com o trabalhador e com o passageiro.

Como prova desse compromisso, criou um comitê permanente de debates, envolvendo representantes das empresas de transporte e dos empregados, para tratar de assuntos de interesses comuns. Além disso, ofereceu um reajuste de 6,5%, acima de média nacional e da inflação medida no período, a qual foi de 3,86%. Se somado ao aumento concedido no ano passado, representa um acréscimo de quase 20% nos salários de todos profissionais da categoria. E um aumento real pelo terceiro ano consecutivo. Proposta não aceita pelo sindicato.

O SET reafirma seu compromisso diuturno com a negociação respeitosa e responsável, bem como repudia quaisquer tentativas de tornar a negociação coletiva do transporte público goiano em instrumento de politicagem, bem como de qualquer outro expediente que não atenda aos interesses da nossa comunidade.”

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