Funcionária acusa ter sido agredida por proprietária de loja infantil em Anápolis

Discussão teria começado após dona dizer que trabalhadora estava furtando comércio

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Pézinho e Cia, em  Anápolis. (Foto: Reprodução/ Google Street View)
Pézinho e Cia, em Anápolis. (Foto: Reprodução/ Google Street View)

Acusações de furto, ofensas e empurrões marcaram uma acalorada discussão e levou a proprietária, de 37 anos, a agredir e morder uma funcionária, de 28 anos, dentro do estabelecimento Pézinho e Cia, em Anápolis. A situação aconteceu na terça-feira (06).

Tudo teria começado quando, por volta das 12h, a dona da loja localizada na Avenida Santos Dumont, no setor Jundiaí, chegou até o local e chamou a jovem para conversar.

Logo em seguida, ela questionou a empregada sobre o uso de celulares – que não é permitido na loja -, momento em que a funcionária afirmou que o aparelho dela estaria no banheiro, dando início a discussão.

Em conversa aos militares, a empregada alegou que a chefe disse que o faturamento da empresa no mês passado estava abaixo da média e que o estoque “não estava batendo com a realidade”, dando a entender que a trabalhadora estaria furtando e vazando dados da loja.

A proprietária teria ainda mudado a perspectiva da conversa e alegado que a colaboradora abordava os clientes de forma errada, dizendo que a mesma “nunca seria nada” e que teria que pagar pelo que havia “roubado”.

Diante da situação, a funcionária resolveu ir embora. Quando estava prestes a pegar a bolsa, a dona da loja fechou a porta, a impediu de sair, além de pegá-la pelos pulsos e empurrá-la contra uma estante de calçado.

No depoimento, a vítima afirma que recebeu uma mordida no braço por parte da empresária, que tomou o celular dela. A mulher se negou a devolver o aparelho e depois expulsou a empregada da loja.

Uma funcionária de um estabelecimento ao lado acionou a Polícia Militar (PM), que compareceu no local.

Questionada pelos militares, a proprietária afirmou que teria visto, no telefone da loja, diversos comprovantes de pagamentos e imagens de câmeras enviadas pela trabalhadora.

Ela, porém, negou que havia tomado o celular da mão da jovem e afirmou que o aparelho pertencia à loja, além de acusar a funcionária de se negar devolvê-lo.

A mulher confirmou que houve confronto físico, mas diz que, primeiramente, foi empurrada pela trabalhadora e que, após a saída dela, trancou a porta da loja.

Ambas foram orientadas a irem até uma delegacia, mas somente a funcionária prestou depoimento sobre o ocorrido. Ela também foi submetida a exames médicos no Instituto Médico Legal (IML).

O Portal 6 entrou em contato com a franqueadora da marca Pezinho e Cia, que informou que uma auditoria interna foi instaurada para apurar a situação. 

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