População goiana se revolta após motorista que causou morte de criança de 8 anos ser solto

Homem chegou a ser preso em flagrante, sob suspeita de dirigir embriagado, mas foi liberado após a realização da audiência de custódia

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Caso ocorreu no último sábado (28). (Foto: Reprodução)
Caso ocorreu no último sábado (28). (Foto: Reprodução)

A população goiana tem demonstrado indignação nas redes sociais, após o motorista do caminhão que colidiu com uma van e matou uma criança de 8 anos ser solto.

O caso aconteceu no último sábado (28) e foi registrado por câmeras de segurança do bairro Jardim Alto Paraíso, em Aparecida de Goiânia.

O condutor foi preso em flagrante logo após o ocorrido, sob suspeita de dirigir alcoolizado. Contudo, ele passou por uma audiência de custódia e foi liberado em seguida, mediante o pagamento de uma fiança equivalente a R$ 4,2 mil.

Além disso, o homem precisará cumprir uma série de medidas cautelares enquanto o julgamento não for realizado, dentre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de frequentar bares e distribuidoras de bebidas.

Mesmo com as imposições, a decisão repercutiu negativamente entre os moradores do município, que utilizaram as redes sociais para questionar a deliberação.

O baixo valor imposto pela liberdade provisória do suspeito foi um dos principais pontos levantados pelos goianos.

O fato do caso ter envolvido uma criança, de apenas 08 anos, também gerou revolta entre a população.

Pessoas alegaram a impunidade exercida sob o suposto autor, questionando “o valor da vida de uma criança”.

“Tinha que ser acusado de homicídio. Quem bebe e dirige esta assumindo o risco de matar. É lamentável a Justiça de nosso país”, comentou uma internauta.

“A vida de um ser humano vale mais que tudo, tinha que ficar preso”, declarou outra.

Decisão

Apesar disso, o Portal 6 apurou que o juiz Lionardo José de Oliveira, responsável pela decisão, tinha a intenção de mantê-lo detido.

No entanto, por normas do Supremo Tribunal Federal (STF), ele só poderia decretar a prisão caso houvesse um pedido formal das autoridades envolvidas na investigação, o que não aconteceu.

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