Servidores da UEG fazem paralisação nesta sexta (04) reivindicando plano de carreira

Movimento também apontou que a estimativa do número de profissionais está em 30% do ideal

Samuel Leão Samuel Leão -
Técnicos mobilizados na entrada da UEG. (Foto: Reprodução)

Na manhã desta sexta-feira (04), cerca de 200 técnicos administrativos da Universidade Estadual de Goiás (UEG) realizaram uma mobilização no Campus da instituição em Anápolis, situado na BR-153. O movimento também ocorreu nos outros 8 campus e nas 33 unidades de ensino ativas no estado.

A categoria reivindica um Plano de Cargos e Remuneração (PCR), que se caracteriza por uma lei com diretrizes como salários, benefícios, progressões. Organizada pela Associação dos Servidores Técnico-Administrativos da UEG (Astueg), a mobilização reforça a demanda, apontando que a estadual goiana é a única do Brasil que não tem um PCR definido para os técnicos.

O movimento também reforçou que a estimativa do número ideal de servidores, para o pleno funcionamento da unidade, é de 1500 técnicos. Todavia, atualmente são apenas cerca de 500 profissionais em exercício efetivo – ou seja, 30% do total necessário.

Outro ponto levantado é que a média nacional de alunos por técnico é de 11, em contrapartida, os técnicos da UEG estão atuando na proporção de 33 alunos para cada um. Esse cenário preocupa os servidores, especialmente pela unidade ser tida como a quinta maior universidade pública do país.

Ao Portal 6, o servidor Bruno Miranda, pontuou que essa ação é apenas o pontapé inicial das reivindicações: “Inicialmente faremos ações pontuais nos campus e unidades e reforçamos o diálogo com o governo e com a Reitoria”, relatou.

Para conseguir efetivar a aplicação do PCR, os servidores buscam a aprovação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e a sanção do governador, como foi apontado no documento aprovado em sessão plenário do Conselho Universitário (CsU) da UEG. Os manifestantes ainda reforçam que há orçamento disponível, de modo que a proposta pode ser posta em prática.

Outra questão que reforça a demanda foi a aprovação, em junho deste ano, do PCR dos docentes, que caminha na mesma direção. Com a aprovação, a expectativa da categoria é de conseguir reajustes nos salários e em benefícios como o vale-alimentação e adicional de interiorização.

Além disso, a instituição não possui gratificação por titulação para os servidores técnicos. Deste modo, parte significativa do corpo técnico, composta por especialistas, mestres e doutores, não é reconhecida pela universidade.

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